Desde o início da pandemia, mais de 180 micro e pequenas empresas buscaram se qualificar a respeito das normas técnicas relativas especialmente ao setor de serviços
Desde abril, quando começou a crise causada pelo coronavírus, até julho, mais de 180 pequenos negócios procuraram conhecer mais profundamente as normas técnicas para enfrentarem os desafios da pandemia.
De acordo com a avaliação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e do Sebrae, foram feitos mais de 1.060 downloads gratuitos de documentos da ABNT, sendo que 63% deles foram de empresas do setor de serviços (principalmente do segmento do turismo), um mais afetado pela pandemia.
Conforme o balanço, as buscas que mais se destacaram estavam relacionadas às normas sobre o turismo, os serviços de consultorias, alimentos e bebidas, educação e ensino, equipamentos médico-hospitalares e serviços de saúde. O turismo recebeu atenção dos empresários de pequenos negócios, principalmente nos sistemas referentes a gestão da sustentabilidade em meios de hospedagem e gestão de segurança para turismo de aventura. O resultado evidencia a preocupação das empresas do ramo, fortemente impactadas pelo isolamento social em função do covid-19, em qualificarem sua gestão para enfrentar a crise.
Outras normas que também tiveram acesso destacado estavam ligadas à qualidade do serviço e à satisfação do cliente, principalmente no pequeno comércio. Além disso, muitos empreendedores demonstraram interesse em conhecer diretrizes para a resolução externa de litígios das organizações, além das transações de comércio eletrônico de negócio a consumidor. Em relação aos produtos de saúde, grande parte dos empresários realizou buscas por normas específicas para o segmento no enfrentamento ao covid-19. Entre os temas estão os produtos para saúde, como material de uso odonto-médico-hospitalar e máscaras cirúrgicas.
“O Sebrae contratou a ABNT para fornecer o acesso gratuito a um conjunto de normas de interesse dos pequenos negócios”, explica a analista Hulda Giesbrecht. “O resultado da contabilização dos acessos às normas gratuitas, entre abril e julho, mostra o interesse das empresas por esses conteúdos voltados a aprimorar a gestão e produzir com qualidade”, acrescenta Hulda. O trabalho começou a partir do surgimento dos primeiros casos de coronavírus no Brasil, em março deste ano, quando as duas instituições firmaram o acordo para disponibilizar 49 normas gratuitamente para as micro e pequenas empresas, sendo que 31 delas estavam relacionadas a produtos essenciais para o combate ao covid-19. As demais se referiam a aprimoramento de negócios tradicionais, como salões de beleza, turismo, serviços de alimentação e comércio eletrônico.
Os pequenos negócios podem acessar gratuitamente as normas técnicas e também acessar, por meio do Sebraetec, consultorias e serviços tecnológicas para implementar essas normas na empresa.
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