Técnicos da Secretaria de Agroeconomia realizaram na manhã desta quarta-feira (25), no Sítio Canaã, localizado no assentamento Prefeito Celso Daniel, Cabiúnas II, uma oficina prática para elaboração de biofertilizante. Participaram da atividade 22 produtores rurais que já utilizam a técnica no cultivo de hortaliças e frutas.
O engenheiro agrônomo, João Flores, explicou que o biofertilizante poderá ser utilizado em qualquer cultura e a grande vantagem para os produtores é que eles não precisam comprar insumos fora da sua propriedade.
“O biofertilizante não é agressivo, não polui as plantas e os solos e, principalmente, não contamina quem tiver manuseando o produto. O uso proporciona uma qualidade superior nas verduras e outros alimentos cultivados, detalhou.
Ele informou que o biofertilizante fica pronto para ser utilizado no cultivo, no período de oito semanas, e a cada semana é acrescentado um nutriente. Depois da finalização, o produto é distribuído entre os produtores rurais que participaram da elaboração.
“Essa é a segunda vez que nos reunimos para fazer o biofertilizante, que utiliza elementos químicos e orgânicos como esterco de boi, melaço, soro de leite e cinzas de madeira. O produtor pode armazenar todos esses itens durante algum tempo em sua própria propriedade e fazer a reciclagem”, acrescentou o engenheiro.
O produtor rural Francisco Carlos Soares, que está há 15 anos no assentamento Prefeito Celso Daniel, conta que já utiliza o biofertilizante em sua propriedade. Ele cultiva hortaliças, coco e limão taiti, além de produzir leite.
“Observei os benefícios ao utilizar o biofertilizante nas hortaliças. O produto é rico em nutrientes e, no período de três a quatro dias, podemos ver as folhas das verduras viçosas e o seu crescimento também é muito bom”, frisou.
Francisco assinalou ainda que a utilização do produto natural ajuda a repelir pragas nos coqueiros, como por exemplo, as lagartas.
“Achei muito boa essa iniciativa de fazermos o biofertilizante por meio de um mutirão, pois diminuiu muito os custos, além de agregar valor com essa participação coletiva, já que a agricultura familiar possui poucos recursos”, pontuou.
Outra participante da oficina, Maria de Fátima de Jesus Santana, assinalou que produz no assentamento Celso Daniel há cinco anos, coco, laranja, limão e aipim.
“Tive resultados muito bons ao utilizar biofertilizante na eliminação de pragas como borboleta, pulgão e borra preta nas laranjas. Se a produção não fosse coletiva, gastaríamos muito mais. Estou pensando em produzir o meu próprio fertilizante”, disse.
Os pequenos produtores rurais de Macaé interessados em obter informações sobre a assistência técnica devem procurar a sede da secretaria de Agricultura, localizada no Parque de Exposições Latiff Rocha Mussi, Rodovia Amaral Peixoto, s/n, bairro São José do Barreto ou pelo telefone (22) 2759-5309.