Entre tantos marcos diretamente ligados a prosperidade do petróleo, Macaé conquistou ontem (15), uma referência ainda mais valiosa que qualquer rendimento fruto das operações de exploração e produção de óleo e gás, que começam a se reaquecer na Bacia de Campos: o conhecimento.
Polo de formação em cursos de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado de seis instituições de ensino público superior, Macaé se estabelece também como a principal cidade do Estado do Rio de Janeiro a manter um modelo de gestão que integra investimentos públicos municipais, e recursos estaduais e federais, importantes para garantir a oito mil universitários a realização do sonho de vida, através do estudo.
Hoje, a Cidade Universitária acolhe mais de cinco mil alunos das quatro instituições que compõem o polo acadêmico municipal: Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), além da Faculdade Municipal Miguel Ângelo da Silva Santos (FEMass).
Modelo de gestão pioneiro no Estado, a manutenção desse campus de ensino público assegurou a continuidade da formação acadêmica de todos esses universitários, mesmo no período de redução de verbas dos governos estadual e federal, em função da crise que afetou todas as cidades fluminenses nos últimos quatro anos.
O desafio da prefeitura em investir no ensino superior tem como resultado a prestação de serviços gratuitos e de qualidade para a população, através do Centro de Apoio Jurídico, Laboratório de Descarte de Medicamentos, Núcleo de Apoio Fiscal e Ações em Medicina, mantidos pelos universitários em formação.
Outros três mil alunos participam dos cursos de ensino superior dos polos da Universidade Estadual Norte Fluminense (UENF) e do Instituto Federal Fluminense (IFF), que contribuem também com a formação de profissionais em áreas técnicas, importantes para a dinâmica offshore e demais setores ligados a cadeia produtiva de óleo e gás.
O futuro é agora
Além de assegurar a continuidade da formação acadêmica, a prefeitura criou também um modelo de assistência aos universitários: a Casa do Estudante, que abriga cerca de 70 alunos das seis instituições de ensino público instaladas na cidade, que corriam risco de abrir mão da formação acadêmica, devido a falta de condições de se manter longe de casa.
Com a conclusão das obras do bloco D, um investimento da prefeitura para abrigar cursos e setores administrativos da UFF, o Colégio de Aplicação será transferido para ala principal da Cidade Universitária, permitindo assim que o sonho dos estudantes da rede municipal de educação, em conquistar uma vaga em uma instituição de ensino superior de qualidade, fique cada vez mais próximo de se tornar realidade.