O quarto leilão do pré-sal, sob o regime de partilha de produção, foi realizado, nesta quinta-feira (7), em um hotel no Rio, onde o Bloco Dois Irmãos, da Bacia de Campos, foi arrematado por um consórcio formado pela Petrobras (45%), BP Energy (30%) e Statoil Brasi O&G (25%). Com ágio zero e pagamento na assinatura de R$ 400 milhões, o bloco foi arrematado com a oferta de 16,43% da produção para a União – o mínimo exigido pelo edital.
– O arremate de Dois Irmãos reforça esse cenário otimista em que as petroleiras internacionais demonstram interesse pela região Norte Fluminense, buscando aproximação nas operações do pré-sal e do pós-sal – comentou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Gustavo Wagner.
A área de Dois Irmãos é de 1.414 quilômetros quadrados. A quarta rodada de partilha de produção reforça o ressurgimento da Bacia de Campos, que passou por um processo de interrupção na oferta de áreas e volta como protagonista no futuro do desenvolvimento da indústria.
Região se prepara para novo ciclo de crescimento do setor
A retomada da Bacia de Campos registra avanço desde o ano passado, quando foram realizadas a segunda e a terceira rodadas do pré-sal e a 14ª rodada de licitações de petróleo e gás no pós-sal.
A segunda e a terceira rodadas do pré-sal ofertaram oito lotes das bacias de Campos e Santos e registraram R$ 6,15 bilhões arrecadados com 75% das áreas arrematadas – seis blocos. São R$ 3,3 bilhões da segunda e R$ 2,85 bilhões da terceira.
Já na 14ª rodada de licitações de petróleo e gás, a Bacia de Campos foi o destaque com todos os blocos arrematados, com negociações no valor de R$ 3,6 bilhões dos R$ 3,8 bilhões da rodada.
O elevado potencial da Bacia de Campos registrou continuidade neste ano, quando, em março, foi realizada a rodada de licitações: a bacia liderou o ranking com R$ 7,5 bilhões dos R$ 8 bilhões arrecadados em bônus de assinatura na contratação de nove blocos. No somatório da 14ª e da 15ª rodadas, foram contratados 17 blocos.
A rodada desta quinta-feira foi a quarta no regime em que as empresas vencedoras são as que oferecem ao governo o maior percentual de óleo excedente da futura produção. Esse sobressalente é o volume de petróleo ou gás que resta após subtrair os custos da exploração e investimentos.
O bloco Itaimbezinho, também na Bacia de Campos e o menos valioso da rodada, não teve interessados. Dois blocos da Bacia de Santos foram arrematados.
Os próximos blocos das Bacias de Campos e Santos que serão leiloados serão Saturno, Titã, Pau-Brasil e Sudoeste de Tartaruga Verde, em setembro, dentro da quinta rodada de partilha de produção.