O aeroporto de Macaé deve estar incluído em uma espécie de pacote da aviação do Sudeste brasileiro. O investidor que ganhar a concessão do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, terá de assumir mais cinco terminais. Além de Macaé, fazem parte do pacote os aeroportos Jacarepaguá (RJ), Vitória (ES), Carlos Prates e Pampulha (MG). É a primeira vez que o governo federal fará a concessão por blocos.
O concessionário deverá investir R$ 2,2 bilhões durante os 30 anos de concessão em todos os componentes do grupo, o que, para Macaé, significa um progresso na logística em um momento que o governo municipal busca quebrar a retração econômica. “O aeroporto é um equipamento tão importante para as operações do petróleo quanto o porto”, pontua o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Gustavo Wagner.
Segundo Gustavo Wagner, tanto a movimentação de pessoal por asa fixa, quanto os roteiros de embarque por asa flexível, fizeram do aeroporto de Macaé um dos ativos mais importantes para o desenvolvimento do petróleo nacional. “Macaé é o centro da prestação de serviço para exploração e produção de petróleo no Brasil e na América Latina e a meta é avançar na geração de emprego com o incremento na logística”, destaca o secretário.
O leilão, que está previsto para ser realizado entre junho e junho de 2018, deve começar com lance mínimo de R$ 1,7 bilhão. Mas o aval ainda precisa ser dado pelo presidente Michel Temer, presidente também do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que ouvirá sobre a nova sistemática, defendida pelo Ministério dos Transportes, dia 23.
Além do bloco do Sudeste, a União fará a licitação de mais dois blocos: um liderado por Recife e outro por Cuiabá. De acordo com cálculos das autoridades do setor, o governo federal espera arrecadar R$ 4,1 bilhões com a nova rodada de concessões dos aeroportos e um investimento total de R$ 6,7 bilhões.