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Macaé oferece 33 terapias na prevenção e tratamento de transtornos mentais

Segundo a USP- Universidade de São Paulo o aumento das doenças de transtornos mentais no Brasil teve nos últimos 20 anos um número dobrado, passando de 7 mil para óbitos por lesões autoprovocadas.  A pandemia deixou um legado de deprimidos e ansiosos. Também podemos atribuir a instabilidade política, econômica e social em todo o mundo, ao aumento das doenças da mente.

Neste 31 de maio a Câmara Municipal de Macaé aprovou um projeto de lei de autoria do vereador Reginaldo do Hospital que cria a Política Municipal de Práticas Interativas e Complementares em Saúde- PICS, que segundo o presidente da Casa Legislativa Cesinha vai viabilizar a implementação de 33 práticas terapêuticas que serão oferecidas pelo SUS ao Município.

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Benefícios para a população

O professor de Ciências Farmacêuticas e pesquisador do Centro Multidisciplinar da UFRJ em Macaé, Moisés Marinho, foi convidado por Reginaldo a explicar o impacto da medida para a qualidade de vida dos macaenses. “Todas as práticas terapêuticas têm comprovação científica e, agora, poderão ser usadas na prevenção de doenças e manutenção da saúde da população”.

Segundo Moisés, as PICS já são largamente utilizadas no tratamento de transtornos mentais como ansiedade, depressão, estresse, hipertensão, dores crônicas, câncer e diabetes, entre outras enfermidades.

Além das terapias já regulamentadas pelo SUS – como yoga, meditação, acupuntura, homeopatia, medicina chinesa, aromaterapia, quiropraxia, florais, ayurveda e cromoterapia, entre outras – Macaé ainda poderá oferecer terapia neural, hidroterapia, biomagnetismo e a conexão com a natureza como tratamentos complementares de saúde.

“Ainda buscamos adicionar essas quatro práticas ao plano nacional das PICS. Contudo, em Macaé elas já foram acrescentadas ao plano municipal, possibilitando ao Executivo utilizar as piscinas dos Cemeas e as áreas de preservação ambiental na cidade como espaços terapêuticos”, esclareceu o professor da UFRJ.

Gestão mais eficiente

O fisioterapeuta, acupunturista e servidor do Legislativo Nichollas Ribeiro comemorou a aprovação do PL. Ele também participou da explanação sobre as PICS. “Não se trata apenas de ‘desafogar’ a rede de alta e média complexidade, mas também de ter uma gestão mais eficiente, além de reconhecer e valorizar esses profissionais”.

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O presidente do Legislativo, Cesinha (Solidariedade) defendeu um melhor planejamento na Saúde. Para ele, não é aceitável a cidade ter um orçamento alto que não se reverta em benefícios para a população. “Precisamos de investimentos na atenção básica e garantir que não faltem medicamentos, nem profissionais para atender a população”.

Ele ainda destacou a necessidade de valorização dos servidores, com a criação de um bom ambiente de trabalho e remuneração adequada. “A informatização da saúde também pode ajudar bastante na gestão”, concluiu se declarando favorável ao projeto.

 

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