Para quem procura produtos de qualidade, frescos e livres de agrotóxico, diversas feiras em Macaé oferecem frutas, verduras e legumes. A Feirinha da Roça, com 30 anos de tradição e organizada pela Secretaria de Agro economia, acontece aos sábados, a partir das 4h. Já as feiras dos bairros Imbetiba, Glória e Pecado são promovidos por meio da Cooperativa de Agricultura Familiar (Coopmac), e incluem produtos da economia solidária, como doces e artesanatos.
A Feirinha da Roça funciona na rua Manoel Joaquim dos Reis, ao lado do Supermercado Extra, no Centro, com 85 expositores e recebe cerca de três mil pessoas todos os sábados.
A feira na Imbetiba acontece na orla da praia, todas as terças-feiras, de 6h às 13h, e também na sexta-feira, de 14h às 19h. Já no bairro da Glória, a programação ocorre na praça, às quartas, de 6h às 12h. Na praia do Pecado, os produtos são oferecidos às sextas-feiras, de 6h às 13h.
O diferencial é a promoção da saúde, por meio do fornecimento de produtos orgânicos e sem uso de agrotóxico, além de preços justos e solidários. Outro atrativo é o artesanato, elaborado com material descartado.
Quem quiser participar das feiras precisa residir em Macaé. No caso de Economia Solidária, a pessoa deverá comprovar que a venda de seus produtos é para o seu sustento. Já quem for comercializar produtos como verduras, frutas, legumes, deverá ter propriedade no município. Outras informações pelo telefone (22) 99936-1378 ou e-mail coopmac2007@hotmail.com.
Apoio técnico contribui para alcance de qualidade
Como incentivo aos produtores da cidade, a prefeitura, por meio da Secretaria de Agro economia, disponibiliza assistência técnica aos agricultores na produção de mudas, por meio de orientação de preparo mecanizado de solos e correção de acidez. Práticas de cultivo, controle de pragas e doenças, insumos básicos para produção, como calcário e composto básico, transporte de produtos e feirantes para a Feira da Roça também são promovidos.
Além disso, a prefeitura apoia com vacinação do rebanho, orientações zootécnicas e cursos de capacitação e comercialização, além de buscar viabilidade econômica e retorno financeiro para as famílias, com o fornecimento e a distribuição dos produtos da agricultura familiar para merenda escolar que abastece 106 escolas do município. Macaé conta com cerca de 600 propriedades rurais.
De acordo com Miria Marins, que é presidente da cooperativa da Agricultura Familiar de Macaé, a feira veio como uma solução para que sofria com a crise do petróleo em Macaé há dois anos. “Nós trouxemos a cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária junto com a Coopemac pensando naquele momento de crise que atingiu nosso município. O projeto teve início através das feiras dos bairros e em 22 de dezembro de 2016, nós fundamos a feira da praia do pecado que completará dois anos de existência”.
Miria contou ainda que esse projeto começou pequeno e foi aumentando, o que acabou atraindo compradores do próprio município de Macaé para comprarem produtos com origem da agricultura familiar e também da agricultura orgânica que está se instalando também e de um trabalho de agricultura sustentável.
O sucesso da feira tem sido tanto, que não apenas os munícipes frequentam a feira, mas também os turistas que visitam a cidade. E diante disso o foco no turismo mediante a feira tem sido maior. Nesse sentido, Miria destaca alguns pontos importantes: “O foco da feira hoje, junto com a Coopemac e a agricultura familiar é fomentar o turismo rural, no qual procuramos trazer o máximo da agricultura familiar para o centro da cidade. Eu vejo a importância disso, que no momento da crise do petróleo, os agricultores e a economia solidária geraram empregos, renda e ainda aumentou o nível de trabalho a o sustento de diversas famílias. Atualmente a feira conta com 35 barracas, e vai chegar a 40 muito facilmente, em torno de 60 a 70 pessoas trabalhando direta e indiretamente. Ninguém para ter a barraca, mas contribui com 10 reais para algumas coisas que a gente faz e todos ajudam porque cada um é dono de seu negócio e de sua barraca. A gente faz várias coisas como camisas, agora cada um terá seu uniforme, porque aqui é uma economia solidária para ajudar os produtores economicamente, não tem como a gente cobrar, até porque nós temos apoio da comunidade local para podermos gerar uma renda”, destacou Miria.