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Macaé se consolida como “Cidade do Conhecimento”

O seminário de lançamento do livro “Macaé, do caos ao conhecimento – Olhares acadêmicos sobre o cenário de crise econômica” foi um sucesso. Esse livro certamente garantiu o título de “Cidade do Conhecimento” a Macaé, a partir da consolidação das universidades. O evento foi realizado na quarta-feira (26), na Feira Internacional da Indústria de Petróleo e Gás (Brasil Offshore), que acontece até sexta-feira (28) no Centro de Convenções do município.

Diversas autoridades estiveram presentes. Entre elas secretários e o prefeito da cidade. O Secretario de Ciência, Tecnologia e Nível Superior Márcio Magine enfatizou que o livro é uma visão de que mesmo com a crise do petróleo em 2012 é possível extrair algo bom de tudo, uma vez que isso também fomentou mais ainda a busca pelo nível superior na cidade no período de crise. “Quando a crise do petróleo se agravou a gente percebeu que vivia um período de total desordem. Desordem essa que é representada pela palavra caos no livro. Essa desordem foi muito relevante para que a gente pudesse tentar enxergar de uma outra maneira que Macaé poderia ser essa sob uma nova perspectiva”.

Para Márcio, dentro desse contexto o que mais se observou foi que, apesar de existir uma crise, as instituições de ensino superior em Macaé cresceram, o conhecimento continuou ativo juntamente com as produções científicas e de tecnologia. “Então a gente percebendo esse cenário, o prefeito Dr. Aluizio propôs através de uma inquietação bem particular que fizéssemos esse livro que é na verdade um compêndio de várias informações, de vários pesquisadores. São artigos científicos com metodologias bastante precisas para discutir esse cenário. Ou seja, de onde a gente partiu em 2012 até onde chegamos em 2018, vencendo novamente essa estrutura tão difícil que é a do óleo e gás que não pede licença nem para entrar nem para sair”.

Márcio acrescentou ainda que através do livro e do seminário de lançamento, Macaé está mostrando como é possível se adaptar e se reinventar e fazer isso de uma maneira produtiva. Para Márcio o livro é um Atlas que poderá ser consultado a todo momento por se tratar de um livro que não tem começo, meio e fim, uma vez que possui recortes de histórias em diversas áreas do conhecimento. De acordo com ele, em breve o livro estará disponível em PDF no site da prefeitura para que o alcance seja ainda maior.

Já o prefeito Dr. Aluizio destacou que “não há nada mais impactante para o futuro dos cidadãos que o conhecimento”.

“Queremos mostrar para a sociedade o impacto da cidade de Macaé que vive de uma economia, que é a do petróleo. Neste cenário, o grande impacto do conhecimento é transformar a vida das pessoas e o nosso desafio é este. Trouxemos à reflexão qual o impacto das universidades para o município e, hoje, começamos a responder. O conhecimento precisa ser libertador e levar a sociedade a caminhar com seus próprios passos para que ela descubra novos caminhos. O objetivo deste livro foi mostrar os problemas com as soluções para a cidade e que sirva para as gerações de hoje e do futuro encontrarem seu caminho através do conhecimento. Este evento não aconteceria sem a sociedade macaense, que é forte e resiliente. O caminho é: saia do caos e entre no conhecimento”, enfatizou o prefeito.

Dr. Aluizio participou do segundo painel do seminário junto com os reitores das Instituições de Ensino Superior (IES), parceiras no projeto, com o tema a “Universidade Pública e Interiorização: perspectivas para o desenvolvimento de Macaé e região”. Participaram os reitores da Universidade Federal Fluminense (UFF), Antonio Claudio Lucas da Nóbrega; do Instituto Federal Fluminense (IFF), Jefferson Manhães de Azevedo; da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Luiz Passoni; o vice-reitor eleito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Carlos Frederico Leão Rocha, representando a vice-reitora eleita, Denise Pires de Carvalho, em viagem a Brasília; e o vice-diretor do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (Nupem/UFRJ), Francisco Esteves. O painel foi mediado pelo secretário municipal adjunto de Ensino Superior, Márcio Magini, que agradeceu todo o apoio recebido das universidades e secretarias envolvidas e, essencialmente, do secretário municipal de Educação, Guto Garcia, também presente ao seminário.

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“É importante o município de Macaé realizar este evento para a sociedade porque as pessoas são consumidoras de conhecimento o tempo todo e precisam saber que nas universidades se produz conhecimento. É a população que ganha com um evento como este”, destacou o reitor da UFF. O vice-reitor da UFRJ disse que uma das iniciativas da universidade é a inovação a partir da identificação de demandas. “Neste sentido parabenizo Macaé pelo incentivo às startups, que são ideias, conhecimento, que saem das universidades para a solução de problemas em empresas com retorno positivo para a população”, explicou. Ele se referiu ao Programa Startup Macaé, criado pela Prefeitura de Macaé, em parceria com o Centro de Referência em Inovação para Operações Sustentáveis (Crios-UFRJ).

Francisco Esteves falou do compromisso da academia com Macaé. “A academia de Macaé tem um compromisso muito sério com o município para diversificar a economia, migrando do petróleo para a economia do conhecimento que é matéria-prima que se constrói nas universidades para a qualidade de vida da população. Neste seminário Macaé está construindo uma política de estado e este livro é o epicentro da mudança que vai construir o futuro da Macaé do conhecimento”, disse.

O reitor do IFF apresentou “Os Desafios para a Formação Superior no Século XXI”, destacando o papel da Educação como formadora de pessoas que pensam criticamente com base na nova agenda mundial que foca nos resultados efetivos. E o reitor da Uenf destacou as dificuldades financeiras das universidades, principalmente para o desenvolvimento de pesquisas, e disse que todo recurso para essas instituições não é gasto, é investimento.

Produzido pelo Núcleo de Estudo e Pesquisa – Observatório da Cidade, o livro reúne 34 artigos científico-acadêmicos elaborados por 68 pesquisadores dessas universidades e também da Faculdade Municipal Miguel Ângelo da Silva Santos (FeMASS), Universidade Cândido Mendes (Ucam) e Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora (FSMA), além de servidores municipais. Cada autor recebeu o seu exemplar do livro que também ficará disponível em formato digital.

A abertura do seminário foi com o painel sobre “Macaé: Experiência, Crise e Perspectivas”, com a participação dos professores Romeu e Silva Neto, do Isecensa Campos dos Goytacazes; Vitor Yoshihara Miano, do IFF; Lia Hasenclever, da Universidade Cândido Mendes; e Giuliano Alves Borges e Silva, também da UFF. A mediação foi feita pela coordenadora do Observatório da Cidade, Scheila Ribeiro de Abreu e Silva e Meynardo Rocha de Carvalho, da Secretaria de Ensino Superior.

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