A agência IE de Intercâmbio no exterior em Macaé nos indicou o texto abaixo da fundação Educar para os que desejam fazer intercambio em um país europeu.
país europeu é um dos destinos queridinhos dos estudantes brasileiros. Alguns fatores contam pontos nessa preferência, como o idioma em comum e o clima ameno, e tornam atrativo o intercâmbio em Portugal. Mas como é passar um período por lá e quais são as opções para quem deseja apostar no país como destino?
Para começar, os interessados em fazer intercâmbio em Portugal devem pesar alguns fatores nessa decisão. Se o objetivo, por exemplo, é ganhar fluência em outro idioma, o país não será a melhor opção. Por outro lado, não faltam boas universidades e tradição em áreas como o Direito em instituições tradicionais, como a Universidade de Coimbra.
Outro fator que torna Portugal mais atrativo tem a ver com a localização geográfica. Fica mais fácil para estudantes em instituições de ensino portuguesa, por exemplo, viajar para outras regiões da Europa, graças ao livre trânsito na União Europeia.
Para quem deseja viajar no próprio país, há várias opções baratas para percorrer qualquer canto dos 92 mil quilômetros quadrados. Saindo de Porto e Lisboa, é possível pegar praia em 20 ou 30 minutos, no máximo. Além disso, em dias livres, é possível visitar qualquer cidade no país em um bate-e-volta de trem ou de carro.
Quais são as opções para um intercâmbio em Portugal?
Uma boa opção para estudantes brasileiros são as parcerias firmadas entre universidades portuguesas e brasileiras, os chamados convênios acadêmicos, que podem ser consultadas de acordo com a filiação do estudante. Além disso, entram na lista de oportunidades os intercâmbios acadêmicos patrocinados pelo Banco Santander, em programas como as Bolsas Ibero-Americanas.
Novamente, é necessário alinhar o perfil do candidato às oportunidades acadêmicas no país. Universidades como a do Porto, por exemplo, podem oferecer matérias em inglês em cursos na área de negócios e engenharia. Ao se candidatar um intercâmbio acadêmico, o aluno brasileiro consegue elencar matérias de seu interesse na instituição – ou mesmo em várias faculdades dentro da universidade de destino.
Outra opção é se candidatar a fazer a graduação completa em Portugal. O número de brasileiros procurando por esta oportunidade aumentou muito nos últimos 10 anos – especialmente depois que universidades portuguesas passaram a aceitar o ENEM como exame de admissão.
Além disso, há mestrados e MBAs oferecidos por universidades portuguesas, para estudantes que já tenham concluído um curso de graduação. Por isso, o caminho certeiro é pesquisar sobre o perfil da universidade portuguesa e sobre quais as vantagens de passar um período na região. Vale, por exemplo, ficar de olho nas oportunidades ligadas a estágios supervisionados ou cursos de curta duração disponíveis.
Custos de um intercâmbio em Portugal
De início, é necessário verificar se, no caso de uma bolsa para intercâmbio em Portugal, os custos com as “propinas” (a anuidade das instituições) são cobertos. Isso porque as universidades portuguesas são pagos e, para os alunos internacionais, as taxas acadêmicas são maiores – embora brasileiros consigam “reverter” isso ao solicitar o Tratado de Porto Seguro.
A partir daí, deve-se calcular os custos médios de viver em uma cidade específica, que seja de interesse do aluno. Afinal, de uma cidade a outra há diferenças consideráveis. Viver no Porto, por exemplo, um polo turístico em terras portuguesas, sai mais caro do que em cidades menores. A localização, portanto, impacta custos como moradia, lazer e alimentação.
Para garantir a moradia, é possível recorrer ao housing da universidade, ou optar por apartamentos e casas da região. Há ainda repúblicas tradicionais em cidades como Coimbra, ligadas à universidade, em que estudantes pagam menos e podem conseguir descontos na compra de alimentos. Outro caminho possível é procurar indicações de morada do setor da instituição que recebe os alunos estrangeiros.
Já os custos com alimentação costumam ser baixos, se comparados a outras regiões da Europa. Produtos comumente consumidos, como o vinho, saem por um preço mais baixo, e há uma grande oferta de mercados. Se a intenção é comer fora, a culinária portuguesa não deixa a desejar. Os pratos geralmente são quentes e pesados, mas é comum que, em restaurantes, se compartilhe o pedido entre duas ou mais pessoas – assim, todos comem bem e ninguém come demais. Pedidos bastante tradicionais, como o pastel de Belém, ou pratos com bacalhau, costumam ter preços modestos.
E o visto? Posso trabalhar enquanto faço intercâmbio em Portugal?
Por programas de intercâmbio em Portugal, é possível solicitar o visto por tempo determinado ao consulado, que determina a categoria adequada de acordo com o período de permanência no país. Em geral, são períodos de seis meses, que podem ser renovados no país, em caso de necessidade comprovada. Para obtê-lo, cabe ao estudante elencar documentos solicitados, como a carta de aceite na universidade portuguesa, e a comprovação de que há meios para se sustentar no país.
Vale lembrar que, a princípio, os estudantes estrangeiros não têm autorização para trabalhar em Portugal. Para conseguir fazê-lo por lá, é necessário realizar um processo burocrático que custa cerca de 40 euros. Para proceder a este pedido, o interessado deverá solicitar autorização junto ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), que é o órgão responsável por deferir ou não a solicitação.
O pedido de autorização para trabalho deve ser acompanhado de: uma carta do empregador, assinada em papel timbrado, em que conste a função que exercerá, os horários e outros detalhes pertinentes para esclarecer sobre a sua função; e, também, será preciso uma declaração da instituição de ensino em que você estiver estudando com os seus horários de aulas.
Outra opção são os trabalhos temporários, “trabalhos de verão”, em que há um acordo entre o empregador e os estudantes. As oportunidades em cafés, restaurantes, hotéis, entre outros locais aumenta muito, em especial em regiões turísticas. Muitos dos locais exigem um conhecimento mínimo em inglês e, em alguns casos, também em espanhol e francês.