De cada quatro reais emprestados a empresas pelos bancos brasileiros, mais de um real vai para atividades ligadas à redução da emissão de carbono, eficiência no uso de recursos naturais e inclusão social, segundo levantamento feito pela FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos. Baseada em uma amostra de 15 dos maiores bancos do país, que representam 86,8% dos R$ 1.722 bilhão que compunham a carteira de financiamentos do setor em 2017, a pesquisa constatou que o volume de recursos direcionados pelos bancos para financiamento de empresas da chamada “economia verde” chegou a R$ 412,27 bilhões, 27,6% de toda a carteira de empréstimos dos bancos para pessoa jurídica em 2017.
O resultado de 2017 significa um aumento de 33,4% em 2017, na comparação com 2016, quando foram destinados R$ 309,08 bilhões para esse tipo de empresa. Além do crescimento dos valores, em termos absolutos, a participação dos financiamentos para atividades da economia verde no total de empréstimos dos bancos também aumentou significativamente.
Além dos montantes direcionados para economia verde, o levantamento feito pela FEBRABAN também acompanha a alocação de recursos em setores potencialmente causadores de impacto ambiental classificados segundo a Resolução 237/97 do Conoma, nos quais as instituições financeiras realizam diligências especiais e rigorosa análise dos riscos socioambientais, seja para minimizar impactos negativos ou potencializar impactos positivos. Neste caso, a evolução do total destinado para financiamentos foi positiva em 4,3% na comparação entre 2016 e 2017: de R$ 605,86 bilhões para R$ 632,03 bilhões. A participação deste tipo de financiamento na carteira total de crédito também cresceu de 36,8% (2016) para 42,3% (2017).
Além do cenário macroeconômico, com juros baixos e inflação em queda, o bom desempenho do mercado de capitais se deve a uma mudança de mentalidade por parte dos investidores. A maior participação do mercado de capitais no financiamento de empresas da economia verde é resultado do aumento de demanda de investidores por títulos com resultados ambientais positivos.
Com informações do Portal Febraban