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Portador de deficiência auditiva terá tradutores de libras para cursar medicina em Macaé

A Prefeitura de Macaé concluiu, nesta quarta-feira (28), o processo seletivo de bolsas para Tradutores Intérpretes de Libras Temporários. O objetivo é apoiar o processo de inclusão de alunos com deficiência auditiva das Instituições de Ensino Superior (IES) da Cidade Universitária.

De acordo com informações do secretário Adjunto de Ensino Superior, Márcio Magini, a iniciativa demonstra a preocupação do município com um ensino que seja cada vez mais integrador. “Essa pessoa estará dentro da sala de aula dando todo o apoio necessário para que o conteúdo passado pelo professor seja absorvido pelo aluno”, explicou.

O secretário informou que o estudante de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Matheus da Silva Oliveira, é portador de deficiência auditiva e necessita de um tradutor de libras. “Neste primeiro ano, a prefeitura dará todo suporte, com dois intérpretes e, a partir do próximo ano, a UFRJ assumirá”, disse.

Márcio ressaltou que essa ação da prefeitura vai gerar novas perspectivas no campo da linguagem dos sinais, o que tornará Macaé uma referência e modelo em libras na área de medicina. “Macaé já se consolidou como uma cidade do conhecimento, e hoje estamos implantando o primeiro projeto nessa área no Brasil. Isso vai trazer novos símbolos para a linguagem dos sinais, pois serão construídos e preparados, a partir deste momento, para o curso de medicina”, frisou.

O estudante Matheus da Silva Oliveira foi recebido na tarde desta quarta-feira (28) pelo secretário Adjunto de Ensino Superior e os integrantes da Superintendência Acadêmica, Débora Lacerda e Meynardo Rocha.

Na ocasião, ele agradeceu o apoio da prefeitura e enfatizou a questão da acessibilidade em todas as áreas, seja na educação, saúde e trabalho. “Que Macaé possa exportar esse modelo para outras cidades e que todos possam refletir sobre essa questão.”

Matheus é natural da cidade de São Fidélis e conheceu a Cidade Universitária em 2016, durante uma Oficina de Extensão, quando ficou sabendo do curso de medicina da UFRJ. “Ainda estou conhecendo a cidade, mas a escolha por Macaé também se deve pela proximidade da família. Ainda sinto um misto de felicidade, emoção e ansiedade, mas os colegas e professores têm colaborado com o uso de materiais visuais”, pontuou.

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