Engana-se quem pensa que a maioria das pessoas são contra a instalação de equipamentos eletrônicos de controladores de velocidade, cuja discussão vem promovendo estudos em todo o mundo desde 1960, apresentando conclusões totalmente favoráveis a essa tecnologia para a diminuição de vítimas com sequelas e óbitos.
Em maio de 2021 a prefeitura de Londrina no Paraná criou o Programa SOS Trânsito que fez uma detalhada pesquisa chamada “Indústria da multa ou fábrica de criminosos de trânsito?”, que conclui de forma contundente que o controle da velocidade é uma forma eficaz para o combate a violência no trânsito e nos índices de mortos e feridos.
No Brasil segundo dados oficias do Denatran a aplicação de multas atinge apenas a uma média de 1% da frota circulante de veículos multados por “pardais eletrônicos” fixos, cumprindo sua função de inibir a alta velocidade nas estradas e nas vias urbanas.
Os especialistas argumentam que outro fator que vem crescendo é a impunidade dos infratores, isso segundo eles justificam ainda mais o controle dessa violência praticada por condutores de veículos.
O exemplo de Curitiba
Em Curitiba que é considerada uma das cidades com o melhor e mais seguro sistema viário do país, os “Pardais”usam tecnologia de ponta que permite cobrir a totalidade da área definida, sem as chamadas áreas de sombreamento. Na capital do Paraná além do limite de velocidade, parte dos radares fiscaliza também parada sobre a faixa de pedestre, avanço do sinal vermelho, conversão e retorno proibidos, conversão obrigatória, trânsito em local e horário proibido pela sinalização e em faixa exclusiva destinada aos ônibus do transporte coletivo.
Exceder a velocidade indicada pela sinalização de trânsito aumenta as chances de acidentes e, também, da gravidade nas colisões e consequências de um impacto, conforme apontam diversos estudos mundiais sobre o tema.
Entre os anos de 2012 e 2019, a velocidade excessiva ou inadequada foi apontada como fator contributivo em aproximadamente um quarto dos acidentes em Curitiba, segundo aponta análise do Programa Vida no Trânsito (PVT).