Nos últimos três anos, o ecossistema gerou 12 unicórnios no País, que é o quinto no ranking global dessas empresas
Nos últimos 12 meses, as startups brasileiras arrecadaram mais de U $ 3,5 bilhões em aportes de venture capital (VC) e o Brasil está na quinta posição no ranking global de unicórnios.
Os dados foram apresentados pelo CEO e cofundador da ACE, Pedro Waengertner, em uma das conferências do SXSW. O executivo falou sobre as oportunidades de investimentos no País e na criação de negócios possibilitada pelo momento do desenvolvimento de startups e atração de investimentos pelo setor.
Em apenas quatro anos, o Brasil registra a ascensão de 15 startups a unicórnios (empresas nascentes que, com investimentos, já valem mais de US$ 1 bilhão). Waengertner afirma que o ecossistema é bastante vigoroso, com mais de 220 VC ativos. Dos investimentos em startups, mais de 65% do capital vem de investidores internacionais e, apenas no ano passado, foram arrecadados mais de US$ 10 bilhões.
O que são unicórnios
Segundo o Enotas Startups unicórnios são as empresas de tecnologia privadas avaliadas em mais de um bilhão de dólares antes de abrir seu capital em bolsas de valores, ou seja, antes de realizar o IPO (Initial Public Offering). A principal característica de uma startup unicórnio é a inovação no mercado em que pertence.
Os 15 unicórnios brasileiros abrangem setores como logística, mercado imobiliário, serviços de delivery, fintechs, meios de pagamento, games e e-commerce: Loggi, Quinto Andar, iFood, WildLife, Ebanks, Stone, Gympass, Creditas, PagSeguro, 99, Vtex, Nubank, Arco, Loft e MadeiraMadeira.
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O executivo lista cinco pilares que sustentam a expansão do ecossistema de startups com base no plano de desburocratizar e impulsionar o empreendedorismo no País: muitas oportunidades diferentes de captação para aplicações em tecnologia; ambiente regulatório sendo estruturado com o Marco das Startups, cuja legislação tem como objetivo apoiar fundadores e investidores de startups; profissionais criativos e habilidosos; cultura brasileira de empreendedorismo e de design; e universidades e incubadoras focadas na criação de negócios e empregos.
Entre os motivos apontados para o cenário favorável ao florescimento e expansão de startups, Waengertner aponta a relação amigável que o brasileiro tem, na média, com a tecnologia e a profusão de early adopters. Cerca de 74% dos usuários, no País, têm acesso à internet (é o quarto mercado em usuários de internet e acessos móveis). O País está atrás apenas dos Estados Unidos em tempo gasto com redes sociais como Facebook, Twitter e YouTube. Hoje, há mais celulares (234 milhões) do que habitantes no Brasil (210 milhões). Os segmentos que estão em alta no ecossistema de startups são o agtech (agrobusiness), economia compartilhada, inteligência artificial e serviços financeiros.
fonte/ Meio & Mensagens