Protesto na Cidade Administrativa
O anúncio de Romeu Zema acontece em um dia marcado pelo protesto de vários comerciantes na porta da Cidade Administrativa.
Na manhã desta sexta, proprietários de estabelecimentos fizeram uma carreata até a sede do governo estadual para pedir a reabertura dos negócios. Uma portaria estabelece o funcionamento de serviços essenciais, como supermercados e farmácias.
Além da Cidade Administrativa, a porta da Prefeitura de Belo Horizonte foi alvo dos manifestantes, uma vez que o prefeito Alexandre Kalil (PSD) impôs medidas restritivas ao comércio a fim de conter o avanço do coronavírus.
O governador Romeu Zema (Partido Novo) admitiu, nesta sexta-feira (27), que passará a estudar na próxima semana a abertura de alguns setores do comércio. Zema afirmou que está otimista na reativação de algumas áreas, mas condicionou a ação aos números de casos do novo coronavírus (COVID-19) no estado.
“Na próxima semana iniciaremos um estudo para ver o que é possível fazer para reativar alguns setores. Isso será feito com muito critério, estando sujeito a ser desfeito se os índices de infectados do coronavírus estiver aumentando. Será algo condicional. Estamos otimistas para liberar algumas atividades em algumas regiões do estado”, ressaltou o governador.
Zema disse que Minas está tendo um ‘custo social enorme com o isolamento e a suspensão de vários ramos do comércio’, mas enfatizou que a preservação da vida é prioridade neste momento. O governador declarou que não é justo todo o estado ficar parado recebendo o mesmo tratamento com ordens de estabelecimentos fechados.
“Minas é muito grande. O coronavírus se espalhou de forma desigual no estado, não seria justo dar o mesmo tratamento a todas as cidades”, afirmou.
O governador disse que o estudo para reabrir alguns setores do comércio passará por crivo da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) e prefeitos das cidades envolvidas. Zema também declarou que sindicatos dos trabalhadores e patronais terão que conversar para acordar medidas de segurança para os funcionários que voltarem aos seus postos.
“Nós estariamos saindo de um isolamento para uma situação de distanciamento. Os comercios que vierem a funcionar, vamos exigir uma distancia entre as pessoas nos locais”, concluiu.