Levantamento realizado pela eBit aponta crescimento acentuado no número de pedidos. Já Reclame Aqui registra alta das queixas
As primeiras sete horas de vendas de Black Friday no e-commerce totalizaram R$ 362,1 milhões, segundo dados da Ebit|Nielsen. O número é 69% superior ao mesmo período de 2018. Nas primeiras horas, o varejo online brasileiro vendeu metade do total faturado no esquenta Black Friday, de 25 a 27 de novembro, quando o total foi de R$ 751 milhões.
Segundo a consultoria, o tíquete médio para o horário da sexta-feira de Black Friday foi de R$ 808, crescimento de 5% na comparação com 2018. Outra mudança expressiva do comportamento do consumidor no período foi o volume de pedidos, que chegou a 448 mil, variação de 61% frente ao mesmo período de 2018.
Mas nem tudo são flores. O site Reclame Aqui publicou um balanço que estudou as críticas de consumidores entre 11 horas da quarta-feira, 27, e meio dia desta sexta-feira, 29. Segundo a plataforma, foram 4,8 mil reclamações no período. O volume é 44%% maior que o mesmo período da edição 2018.
Os apontamentos, entretanto, não são concentrados. O site com maior número de reclamações, a Americanas.com, contabilizou 148 comentários. O levantamento aponta que o principal motivo das queixas, de forma geral, é a propaganda enganosa, com 28,69% do total. Em seguida, aparecem problemas na finalização da compra, 11,23%; divergência de valores, 9,44%; atraso na entrega, com 7,83%; e estorno do valor pago, com 4,29%.
Calendário extenso
Desde 2015, o PayPal publica uma pesquisa realizada em parceria com a Big Data Corp sobre as ofertas no varejo na Black Friday. Nas quatro semanas que antecederam à data, mais de de 70% dos e-commerces brasileiros aderiram aos descontos. Duas semanas antes da Black Friday, os descontos bateram em 10,58%, em média. No mesmo período do ano anterior, a cifra foi de 3,9% e de 12% em 2017. Uma semana antes da data neste ano, os descontos avançaram para 22,36%.
Segundo a consultoria, as cinco categorias com os maiores descontos foram livros, músicas e filmes (61,32%), brinquedos (51,32%), eletrônicos (49,78%), roupas e acessórios (33,77%) e cosméticos (21,12%). A BigData Corp realizou a coleta dos dados de mais de 24 milhões de sites brasileiros. Deles, foram considerados cerca de 14 milhões de lojas online no País.
Fonte: Meio&Mensagem