Durante a audiência pública foi discutida impactos de redesenvolvimento da Bacia de Campos sobre a produção, royalties e emprego
Com um pouco mais de 40 anos de operação, a Bacia de Campos enfrenta queda de produção. Já foi responsável por mais de 80% da atividade petrolífera nacional. Hoje, o declínio da Bacia de Campos teve esse percentual para – 48% pera de 1,5 bi de dólares de perda na queda dos royalties, segundo dados do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustível (IBP). Outros assuntos que foram discutidos em audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), presidida pelo deputado estadual e vice-presidente da comissão, Welberth Rezende, foi a revitalização geral da Bacia de Campos, novas descobertas de pré-sal, fase de produção e novas oportunidades de emprego, onde representantes do IBP, Agência Nacional do Petróleo (ANP) e Petrobras, apontaram declínios e novas esperanças para o futuro.
Por causa do grande tempo de funcionamento, é normal que a Bacia de Campos tenha tido uma redução no ritmo de atividades. Profissionais da área apresentaram propostas em buscas de medidas regulatórias e técnicas que tragam investimentos e aumentem o ritmo de produção para gerar renda, arrecadação e empregos para a Capital Nacional do Petróleo.
A curto prazo, a ANP defendeu a revitalização dos campos maduros, áreas de exploração que, embora ainda economicamente viáveis, estão em queda de produtividade por já terem tido grande parte da sua reserva explorada.
O superintendente de Desenvolvimento e Produção da ANP, Dr. Marcelo Castilho, apresentou dados de plano de desenvolvimento aprovados estimados em 28,9 bi de dólares, redução de royalties, revitalização , investimentos até o ano de 2023.
A revitalização dos campos maduros na Bacia de Campos promete injetar alguns bilhões de dólares, o que representa a abertura de novas vagas de emprego na região.
“A Bacia de Campos foi grande vitoriosa em termos rodadas de licitações, de 2017 até este ano. Dois anos atrás, a Bacia de Campos teve 8 blocos arrematados resultando num bônus de 3,65 bi”, disse Marcelo Castilho.
Durante a audiência pública foram discutidos a queda da produção que implica em queda na receita com royalties, o redesenvolvimento como alternativa ao descomissionamentos das plataformas, onde 32 cessarão sua produção até o ano de 2025 na Bacia de Campos. Foi apresentado o custo de 8 bi de dólares para descomissionar todas as instalações da Bacia de Campos com mais de 25 anos de operação ou campos atingindo o fim de sua vida econômica até o ano de 2025.
Segundo IBP, se nada for feito, a Bacia de Campos em 10 anos pode perder 3/4 de lucro. Caso não seja recuperado, a bacia pode voltar para o nível dos anos 90 em termos de produção.
A Petrobras fez os primeiros poços em Pargo na década de 1970 e o auge da atividade na região foi na década de 1980, sendo os últimos poços de produção perfurados na região, no campo de Carapeba, em 1998. De lá para cá, a Petrobras fez algumas campanhas em Pargo e Carapeba com poços de exploração, sendo o último poço perfurado em 2011.
Desde 2017, com apoio de diversas empresas da indústria do petróleo, e até do ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente, em esteve em Macaé em 2018, o prefeito Dr. Aluizio vem articulando junto ao governo federal pela revitalização dos campos maduros, algo cada vez mais próximo de se tornar uma realidade na região, gerando emprego e renda não apenas para Macaé, mas também para toda região, o Estado do Rio, e o país, já que a indústria de óleo e gás é responsável por 13% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, segundo dados de janeiro deste ano.
Fonte: ABESPetro