A Shell já busca mercados para absorver os volumes de gás natural que a companhia produzirá futuramente no pré-sal. De acordo com o CEO da petroleira no Brasil, André Araújo, há oportunidades na geração de energia e na comercialização do energético para clientes industriais de grande porte.
Em evento promovido pela anglo-holandesa, na última quinta-feira (19/9), no Rio de Janeiro, o executivo destacou projetos como o da termelétrica Marlim Azul, em Macaé (RJ), que será abastecida com gás do pré-sal. A planta tem previsão para entrar em operação em 2023, mas, segundo Araújo, a Shell trabalha para antecipar esse prazo.
Sobre a possibilidade de a Shell investir em gasodutos para escoar a produção, o CEO deixou a questão em aberto. “Você nunca pode dizer que nunca vai fazer. Nós faremos o necessário para atingir o mercado. A Shell é muito ativa na produção de gás e na comercialização de gás e energia”, assinalou.
Araújo disse ver com bons olhos as mudanças regulatórias em curso no país e citou a resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que busca criar novos caminhos para viabilizar o desenvolvimento do mercado. “Os caminhos ainda não estão 100% claros, mas estou motivado pelo governo ter criado um grupo de monitoramento regular para que a resolução se traduza em um sinal claro para os investidores”, enfatizou.
Fonte: ABESPetro