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O fim da improdutividade: como as startups combatem a ineficiência no mundo corporativo

O trabalhador brasileiro demora, em média, 1 hora para produzir o que um americano produz em 15 minutos. Os números levantados por uma pesquisa deste ano da Conference Board dão a medida exata de um problema que é conhecido por todos: o Brasil sofre de uma baixa produtividade persistente. Mesmo o trabalhador mexicano, que enfrenta problemas semelhantes aos do brasileiro, tem produtividade melhor: produz 36% da capacidade americana.

Segundo o levantamento, tecnologia e burocracia são dois dos principais entraves para a produtividade brasileira. A Fhinck tem chamado a atenção das grandes empresas por sua capacidade de otimizar o trabalho dentro dos escritórios. A startup ficou entre as três que mais fecharam negócios com o mundo corporativo neste ano, segundo o ranking da 100 Open Startups.

Segundo Paulo Castello, CEO e fundador da Fhinck, “o grande motivador das empresas hoje em dia é identificar o máximo das atividades que possam ser automatizadas para que se tenha mais tempo para botar inteligência nas atividades mais complexas”, explica.

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Em home office, produtividade pode subir 22%. Na empresa, 17%, em média

O tempo em que um profissional contratado de maneira errada fica em sua função é de 1 ano

Além de descobrir quais atividades ganham eficiência ao saíram das mãos das pessoas e serem realizadas por robôs, a Fhinck trabalha com o que ela chama de people analytics.

“Uma ferramenta instalada no computador identifica a experiência do usuário quando ele navega pelos sistemas corporativos que precisa usar no dia a dia. O people analytics avalia comportamento, perfil, tendências que existem num determinado departamento ou numa determinada pessoa, quem tem perfil para home office, open space ou cubículo, por exemplo. A forma de cada pessoa trabalhar passa a ser transformada em dados”, detalha o executivo.

O analytics da Fhinck identificou que, para pessoas adaptadas ao home office, a produtividade pode subir até 22%. Dentro de uma empresa, o acompanhamento da produtividade balizada por dados pode gerar um ganho de produtividade de 17% nas operações com mais de 100 funcionários.

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Netflix de carreira

Um estudo da GI Group aponta que o tempo em que um profissional contratado de maneira errada fica em sua função é de 1 ano. Além do custo financeiro de uma contratação errada, tem a dificuldade de voltar ao mercado para buscar um profissional que atenda as expectativas.

Pensando nessa perda de eficiência causada por equívocos na contratação, grandes empresas fecham parcerias com startups de treinamento como a Meu entrevistador, uma plataforma online que possui mais de 700 vídeos que simulam entrevistas de emprego com executivos das melhores empresas do país. A plataforma funciona num sistema de assinatura com pagamento mensal.

Fábio Cassettari, fundador e CEO da Meu Entrevistador, chama a startup de “Netflix de carreira”, com atualização semanal dos conteúdos que simulam entrevistas de emprego com executivos de grandes corporações, entrevistas em inglês, dinâmica em grupo, confecção de currículo e de storytelling.

“Temos também conteúdos como a inserção do público LGBT no mercado de trabalho e estamos lançando uma nova série falando sobre os egressos do sistema prisional no mercado de trabalho. Sempre pautado em carreiras”, detalha Cassettari.

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A startup tem 10 mil usuários cadastrados e no 1° semestre deste ano apresentou um crescimento de mais de 200%. Tanto é que recebeu 100 mil reais em seu primeiro aporte, no ano passado, e abriu nova rodada de investimento que deve chegar a 1 milhão de reais.

A Meu Entrevistador foi uma das 15 startups selecionadas em abril deste ano para participar da primeira turma de 2019 da Startup Zone – programa de aceleração do Google. A empresa ganhou como melhor pitch e conseguiu a extensão da sua permanência no programa.

O streaming da Meu Entrevistador conta com cerca de 200 executivos de grandes empresas ensinando os candidatos a se preparar para as vagas naquela empresa em específico e também tem especialistas em RH e em setor específicos como finanças, marketing, comercial, recursos humanos, consultoria, projetos, tecnologia, saúde, bem-estar, startup, inovação, engenharia.

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A startup ganha dinheiro ao vender os serviços ao público amplo, mas também ao incluir as empresas e seus executivos na plataforma, assim como faz a Netflix, que recebe do cliente final e das produtoras.

Para preparar o conteúdo, a Meu Entrevistador faz pesquisa de campo para entender as dores dos candidatos e das empresas e quando o candidato está assistindo aquele ‘seriado’ é como se estivesse sentado na frente daquele gestor.

O conteúdo da Meu Entrevistador é todo roteirizado, mas um próximo passo possível para esse segmento é a aplicação de inteligência artificial que permitirá às plataformas personalizarem a conversa entre os executivos e os candidatos, como acontece no atendimento ao cliente nas centrais mais tecnológicas.

“Pretendemos evoluir e trazer essa interatividade para dentro da plataforma. Existe um estudo em cima disso, mas o mercado que atendemos é tão carente de conteúdo que entendemos que é preciso primeiro desenvolver o básico”, conclui Cassettari.

Fonte: Whow.com.br

 

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