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A batalha de benefícios das maquininhas pelo consumidor

As últimas semanas foram movimentadas para o mercado de máquinas de cartão — ou maquininha, nome popular e presente na comunicação das marcas. O PagSeguro, por exemplo, apresentou petição ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo contra a Getnet, por causa de anúncio da companhia de tecnologia do Santander que representa “uma clara agressão”, segundo documento, à empresa de pagamento do Grupo UOL.

De acordo com a plataforma de apoio à inteligência com foco em pequenos negócios do Sebrae, o DataSebrae, o equipamento de transações financeiras estava presente em 46% dos estabelecimentos de microempreendedores no ano passado no Brasil — 7% a mais do que o número de 2016. “Mesmo que esteja em pleno processo de crescimento, esse setor ainda não está maduro”, diz Juana Angelin, superintendente executiva de marketing e experiência do cliente da Getnet. Em 2018, ainda segundo o DataSebrae, a PagSeguro assumiu a liderança do setor no universo dos pequenos negócios com 35% de participação, ultrapassando Cielo (27%) e Rede (19%), empresa de pagamentos do Itaú Unibanco.

O caso entre PagSeguro e a empresa de tecnologia do Santander exemplifica bem a concorrência acirrada entre as maquininhas. Para anunciar sua mais nova solução de portabilidade, responsável por instigar uma batalha de benefícios entre as empresas atuantes do mercado na busca por clientes, a Getnet lançou uma campanha estrelada por Fernanda Torres — que, até o ano passado, era garota-propaganda da Rede. O comercial mostra máquinas de outras empresas do mercado e defende que as pessoas tenham a liberdade de usar suas maquininhas com a empresa que ofereça as melhores condições. A Getnet teve que alterar o comercial por decisão da justiça, mas recorreu.

Além desse embate, o mercado recebeu mais um concorrente com o anúncio da joint venture entre o Grupo Globo e a Stone para atender as demandas de profissionais autônomos. A PayPal também comunicou sua entrada no mercado brasileiro de máquinas de cartão. Juana Angelin, da Getnet, analisa, a seguir, o acirramento da concorrência no setor.

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Meio & Mensagem – Quais são as vantagens de pertencer ao Santander, uma empresa que já é do setor financeiro?
Juana Angelin –
 A vantagem é oferecer para o cliente três níveis de negócios que ele escolhe: negócios físicos, que são as máquinas de cartões (SuperGet, POS e POS Digital), digital (e-commerce e mobile) e financeiro (conta corrente, crédito, limite e financiamento). O cliente escolhe apenas um fornecedor e possui todos os serviços que desejar. A empresa, junto com o Santander, atua em toda a cadeia de negócios do cliente e simplifica sua gestão na administração de apenas um fornecedor. Com isso, conseguimos oferecer benefícios únicos.

Em qual momento está o mercado de maquininhas no Brasil?
Ainda não está maduro. Ele está em pleno processo de crescimento. Apenas 38% do consumo das famílias ocorre com cartões, no Brasil. Em termos de participação no volume transacionado de cartões em 2018, o Sudeste responde por 60,5%, seguido pelo Sul (15,1%), enquanto as regiões Nordeste (13,1%), Centro-Oeste (7,7%) e Norte (3,5%) registram menor representatividade nos pagamentos feitos por cartões. Ainda existem muitas oportunidades de crescimento em todas as regiões do Brasil.

Considera que o mercado está saturado de empresas que oferecem o serviço de máquinas de cartão?
Ainda não está saturado, porque existe oportunidade. Há 19 milhões de microempreendedores, sendo que 4 milhões desses já usam meios de pagamento. Acreditamos que para o cliente ter poder de escolha, muitas máquinas são compradas e isso deixa o cliente restrito àquela oferta. No futuro, não há como fugir da portabilidade e do e-commerce. São grandes frentes previstas para empreendedores.

O mercado brasileiro de maquininhas tem aprendido algo com outros países?
Na Getnet, sempre acompanhamos tendências globais, porém, cada experiencia é única, porque culturas de pessoas e de negócios são diferentes. Na China, por exemplo, não existe um mercado de pagamento e financeiro estruturado e regulamentado como no Brasil. Então, lá existe a dominância de pagamentos peer to peer, entre pessoas físicas, e por apps, um cenário totalmente diferente do Brasil, onde o sistema de pagamento é bem estruturado, regulado e sólido. Aqui, começamos do financeiro para a pessoa física. Com isso, a dinâmica é diferente, a bancarização é maior, em torno de 60% com transferências via contas bancárias ou pagamentos com cartões pré-pagos.

Fonte: Meio&Mensagem

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