O governo do estado do Rio de Janeiro, a Petrobras e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro assinaram ontem (9) um termo de ajustamento de conduta (TAC) para reparar prejuízos ambientais, sociais e econômicos causados pelo atraso nas obras do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) na região de Itaboraí, São Gonçalo e Cachoeiras de Macacu.
Com o TAC, a Petrobras se compromete a investir R$ 814,5 milhões na recuperação da região, incluindo ações de saneamento básico e meio ambiente. R$ 300 milhões devem ser destinados exclusivamente a ações ambientais, incluindo o reflorestamento de uma área equivalente a 660 campos de futebol.
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que, entre os investimentos atuais no Comperj, estão a Unidade de Processamento de Gás Natural. As obras no complexo empregam atualmente 4,5 mil pessoas, sendo 90% das cidades da região. A previsão de Castello Branco é que esse número aumente para 7 mil no ano que vem.
“O foco [da Petrobras] é o estado do Rio de Janeiro, que receberá, entre este ano e 2023, 54 bilhões de dólares em investimentos”, disse o presidente da estatal sobre o esforço da companhia de concentrar seus investimentos na produção e exploração de petróleo e gás.
O governador, Wilson Witzel, destacou que o Comperj é um caso emblemático de projeto relevante que foi impactado pela corrupção. “O que atrapalhou o Comperj foi a corrupção. O que atrapalhou o Rio de Janeiro foi a corrupção”, disse ele, que defendeu a instalação de mais refinarias no estado.