O burburinho em torno do Impossible Burger e da Beyond Meat nos EUA deixou muita gente curiosa para provar o hambúrguer que promete ter gosto de carne sem ter carne na composição. Na semana passada, a Lanchonete da Cidade, em São Paulo, e o T.T. Burger, no Rio de Janeiro, passaram a incluir em seus cardápios a versão brasileira do disco de carne vegetal, sem parentesco direto com a versão norte-americana. A carne de plantas nacional é produzida pela foodtech Fazenda Futuro, em Volta Redonda (RJ) e segue uma receita autoral: um preparado proteico (17 gramas de proteína, no total) com grão de bico, ervilha e soja, condimentos como sal, pimenta e cebola, e suco de beterraba, que emula a cor e o sangue da carne.
Os primórdios da empresa, no entanto, remontam ao continente norte-americano. Tudo começou em 2016, quando o fundador Marcos Leta (o empresário também fundou a empresa de sucos Do Bem) e seu sócio, Alfredo Strechinsky, vislumbraram um potencial para a carne vegetal no Brasil, um mercado em que as próprias empresas de proteína animal se destacam. A dupla então viajou para os EUA, investiram na empresa Good Catch Foods, produtora de atum plant-based e estudaram como funcionavam as food techs por lá. Conseguiram, a partir da experiência, coletar dados e diretrizes sobre como poderiam desenvolver esse tipo de tecnologia no Brasil.
A formulação do hambúrguer na Fazenda Futuro começou a ser viabilizada em 2017 e foi batizada de Futuro Burger 1.0 porque a empresa continua desenvolvendo versões aprimoradas do produto, que começou a ser comercializado pelo Pão de Açúcar no sábado, 18.
Fonte: Meio&Mensagem