A indústria global de relações públicas cresceu cerca de 5% em 2018, conforme aponta o mais recente relatório The Holmes Report, especializado em empresas do segmento. O documento lista as 250 maiores empresas de relações públicas do mundo, com base na análise de resultados financeiros e coeficiente de crescimento submetidos por mais de 400 empresas ao redor do mundo.
Juntas, as empresas presentes no ranking somaram cerca de US$ 12,3 bilhões em receitas no período, em comparação a US$ 11,7 bilhões em 2017. Todas as ranqueadas faturaram pelo menos US$ 4,9 milhões individualmente. Embora o topo da lista seja ocupado por operações americanas — as primeiras colocadas são Edelman, Weber Shandwick, Burson Cohn & Wolfe, Fleishman Hillard e Ketchum, todas com escritórios no Brasil —, cinco empresas controladas pelo capital nacional foram listadas entre as 250 maiores.
A FSB Comunicações é a mais bem colocada entre as brasileiras, na 33ª posição, com receita de US$ 67,9 milhões no ano passado (alta de 5,2%, considerando valores em dólar dos dois últimos anos). Também compõem a lista o Grupo In Press (62ª posição, US$ 35,9 milhões, alta de 3,5%), o Grupo CDI (169ª posição, US$ 9,6 milhões, alta de 10,7%), a agência Approach (200ª posição, US$ 7,5 milhões, alta de 0,7%) e a RPMA Comunicação (209ª posição, US$ 6,9 milhões, variação negativa em dólar de 7,4%).
A presença de empresas brasileiras é reflexo da maturidade do segmento de relações públicas no Brasil, na avaliação de Para Flávio Castro, sóciodiretor da FSB. “As agências daqui cresceram, se profissionalizaram, entraram em novos mercados e atingiram um padrão de entrega global”, afirma.
O crescimento também vem das entregas cada vez mais completas por parte das agências especializadas, que têm incrementado suas equipes com profissionais orientados a análise de dados e business intelligence, gerentes de projetos e videomakers. “Esta coisa de ter a equipe com 95% de jornalistas acabou”, argumenta Kiki Moretti, CEO do Grupo In Press. Áreas como compliance, governança corporativa, responsabilidade social e gestão de crises também estão no radar das empresas do segmento.
“Não queremos gerar somente visibilidade em mídia para o cliente. Relações Públicas não é mais sobre aparecer na capa de um veículo. Nosso objetivo é gerir reputação a longo prazo para trazer resultados de negócio”, defende o chief operating officer do Grupo CDI, Alexandre Alfredo.
Fonte: Meio&Mensagem