As vendas do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 471,1 milhões em agosto. De acordo com os dados do Tesouro Nacional, divulgados hoje (21), as vendas do programa atingiram R$ 1,610 bilhão no mês passado. Já os resgates totalizaram R$ 1,139 bilhão.
Do total de resgates, a maior parte – R$ 1,006 bilhão – é relativa às recompras de títulos públicos pelo Tesouro e R$ 133 milhões foram vencimentos (papéis cujo prazo acabaram, fazendo o Tesouro reembolsar os investidores com juros).
O título mais procurado pelos investidores foi o indexado à Selic (Tesouro Selic), cuja participação nas vendas atingiu 41,5%. Os títulos indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais) corresponderam a 32,4% do total e os prefixados, 26,2%.
Em agosto, o estoque do Tesouro Direto alcançou o montante de R$ 50,4 bilhões, aumento de 1,6% em relação ao mês anterior (R$ 49,6 bilhões) e de 5,8% sobre agosto de 2017 (R$ 47,7 bilhões).
Em agosto, 129.159 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto. O número total de investidores cadastrados ao fim do mês atingiu mais de 2,5 milhões, o que representa aumento de 57,7% nos últimos do 12 meses. O número de investidores ativos chegou a 664.603, uma variação de 25,1% nos últimos 12 meses.
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem de pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos.
A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.