A produção de petróleo brasileira vai atingir 5,5 milhões de barris por dia em 2027. A afirmação é do diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, durante apresentação nesta quarta-feira, (22), no 49º Congresso Brasileiro de Geologia, no Rio de Janeiro
Falando sobre a retomada da indústria de petróleo e gás no Brasil, Oddone revelou que estudos realizados pela Shell indicam que na mesma época o Brasil terá condição de exportar de 6 milhões a 7 milhões de barris por dia de petróleo, o que mostra que o país poderá ter uma produção superior a estimada por ele.
“Eu falo que a produção estará em 5,5 milhões, e dizem que sou otimista, mas a Shell fez este estudo e confirmou o potencial brasileiro. Nós precisamos ter a capacidade de ter gestão suficiente para fazer isso acontecer” disse.
Pelos números de junho deste ano, a produção de petróleo no Brasil atingiu 2,6 milhões de barris por dia (bpd), enquanto o gás alcançou 115 milhões de m³/d no mesmo mês.
Na visão do diretor da ANP, um dos desafios do setor para os próximos anos é acelerar os investimentos, além de maximizar a produção e a recuperação dos reservatórios, e atrair os investidores corretos para cada ambiente. Oddone lembrou que o setor tem como característica projetos de longo prazo, que requerem maiores volumes de recursos. A média histórica entre a assinatura de contrato de exploração e o início da produção é de 8 anos no mar e de 6 anos na terra. “É por isso que a retomada não vai ser tão rápida”, explicou, estimando a retomada para o fim de 2019 ou início de 2020.
Segundo Oddone, para a área do pré-sal os players corretos são as grandes empresas. Já na área offshore convencional além de grandes empresas, devem ser incluídos os especialistas em exploração e operadores de campos maduros, enquanto na área onshore os investidores devem estar entre pequenas e médias empresas.
O diretor-geral da ANP lembrou que no dia 28 de setembro a agência reguladora vai realizar a 5ª Rodada de Licitações de Partilha de Produção no polígono do pré-sal, quando serão ofertados os blocos de Saturno, Titã e Pau-Brasil, na Bacia de Santos, e Sudoeste de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos. A Petrobras demonstrou interesse apenas em atuar como operadora em Tartaruga Verde, o que deixará para os outros interessados a disputa de participação em 70% da área.
(Com informações da Ag. Brasil)