O tempo de notícias falsas, produzidas com o intuito de enganar o leitor de conteúdos digitais, formando opinião discordante sobre a realidade de fatos notoriamente verdadeiros, tem exigido atenção cada vez maior de quem produz, edita e publica “notícias”. As chamadas “fake-news”, estão nas manchetes dos principais veículos de comunicação do Brasil e do exterior, como parte de um grande movimento global que pretende defender a notícia séria, apurada, real, e combater a mentirosa, que esconde algum tipo de interesse por detrás de suas informações.
Nas redes sociais a situação é idêntica. Nesta semana o Facebook confirmou que passou a classificar seus usuários que denunciam publicações como notícias falsas”, atribuindo maior ou menor peso à sua confiabilidade. O sistema da rede social dá uma nota maior àquelas pessoas autoras de uma denúncia de um conteúdo que depois seja confirmado por agências de checagem. Já os autores de questionamentos não endossados na análise da rede social teriam um impacto no seu grau de confiabilidade.
Segundo o escritório do Facebook no Brasil, a classificação é utilizada para evitar o uso indevido da ferramenta de denúncia. “Estamos desenvolvendo um processo para proteger nossa comunidade de pessoas que denunciam de forma indiscriminada conteúdos como sendo falsos na tentativa de burlar as regras da plataforma. Fazemos isso para ter certeza de que nossa luta contra a desinformação seja mais efetiva”, afirmou a empresa por meio de sua assessoria.
A denúncia de posts é uma das ferramentas disponibilizadas pela plataforma para identificar desinformação. Ela é um dos canais utilizados para análise realizada por sistemas informatizados, por equipes responsáveis pela avaliação de textos com indícios de problemas ou por agências de checagem de fato parceiras. A empresa, contudo, afirma que não remove uma publicação por ser uma “notícia falsa”, mas pode reduzir seu alcance.
“Não é incomum pessoas nos dizerem que algo é falso simplesmente porque discordam da premissa de um artigo ou estão intencionalmente visando um veículo”, afirmou o Facebook.
Com informações da Ag. Brasil