Pesquisa divulgada nesta segunda-feira, (20), pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), mostra que a venda de imóveis no país aumentou 17,3% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2017, houve alta de 32,1%. A amostragem considerou 21 cidades e regiões metropolitanas.
Por regiões, o Norte se destaca com aumento de 40,7% nas vendas, seguido pelo Nordeste (34,7%). O Sudeste teve alta de 16,4% e o Centro-Oeste, de 6,7%. O Sul foi o único a apresentar queda: 1,1%. Os lançamentos de imóveis tiveram alta de 119,7% no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre do ano.
Um resultado positivo para o setor foi a redução nos estoques nos últimos três anos. Em dezembro de 2016, considerado o “fundo do poço” para a comercialização de imóveis, o estoque era de 21 meses. Um ano depois, caiu para 17 meses. Neste levantamento, de junho de 2018, os estoques recuaram para 12 meses.
“As vendas estão maiores que os lançamentos, que subiram bastante, mas não são suficientes para repor o que está sendo vendido”, disse o presidente da CBIC, José Carlos Martins.
Mas o uso de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) preocupa o mercado. Especialistas afirmam que existiu uma grande sangria de recursos nos últimos anos, devido especialmente aos saques de contas inativas e a reforma trabalhista, que permitiu a demissão por acordo.
A projeção da CBIC para o acumulado até o final do ano, em relação a 2017, é de um crescimento de 5% a 10% nos lançamentos e alta de 10% a 20% nas vendas.
(Com informações da Ag. Brasil)