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Comércio volta a crescer no Brasil, diz CNC

O saldo entre aberturas e fechamentos de estabelecimentos comerciais com vínculo empregatício voltou a crescer entre janeiro e junho deste ano, com um incremento de 2.252 pontos de venda. A informação foi divulgada hoje (15) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que prevê a abertura de 5,2 mil novas lojas até o final do ano.
Do total de estabelecimentos abertos no período, os principais destaques são os segmentos de hiper e supermercados, que abriram 1.378 novas unidades, seguidos por lojas de artigos de uso pessoal e doméstico, com mais 841 e pelo ramo de vestuário, com mais 782. A abertura de lojas ocorreu em 6 dos 10 segmentos do varejo. Por outro lado, estabelecimentos especializados em venda de materiais de construção foram os que mais fecharam as portas no semestre (-915).
A CNC também reduziu as projeções do percentual de crescimento do volume de vendas do setor de 4,7% para 4,5%.
Regiões
Regionalmente, os novos pontos de venda foram abertos em 11 das 27 unidades federativas, com destaque para os estados de São Paulo, com mais 2.468 estabelecimentos, Santa Catarina, com mais 852 e Minas Gerais, com mais 340.
O Rio de Janeiro, que vem enfrentando uma das maiores crises financeiras do estado, o número fechou o semestre negativo, com o fechamento de 1.038 estabelecimentos, o equivalente a 45% dos fechamentos entre os que registraram saldos negativos.
A crise no varejo brasileiro teve início em 2014, quando as vendas encolheram 1,7%, o primeiro resultado negativo em onze anos, na comparação com o ano imediatamente anterior, de acordo com dados da Pesquisa Mensal de Comércio, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Nos dois anos seguintes, o quadro se agravou, com o comércio apurando perdas reais de faturamento de 8,6% e 8,7% em 2015 e 2016, respectivamente, o que levou o setor a acumular retração de 20% nos volumes de venda nestes três anos.
O saldo entre aberturas e fechamentos de estabelecimentos acompanhou, com alguma defasagem, a retração nas vendas, especialmente nos anos de 2015 e 2016 e no primeiro semestre do ano passado, quando o setor acumulou a perda de 226,7 mil pontos de venda em todo o país.

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