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Com dívida de R$ 40 milhões, Contém 1g pede recuperação judicial

Uma das mais conhecidas empresas de cosméticos do Brasil, com lojas e quiosques espalhados por todas as principais cidades do país, além de um conhecido sistema de marketing multinível, a Contém 1g teve seu pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça.

Com dívida estimada em mais de R$ 40 milhões a marca, fundada em 1984, é conhecida por produzir artigos para maquiagem, fragrâncias e cuidados para a pele. Os bancos são os principais credores da empresa, com destaque para o BNDESPar, dono de aproximadamente 25% desse valor. O restante da dívida se divide entre fornecedores e passivos trabalhistas.

Em 2017, o faturamento da empresa bateu R$ 114 milhões, cerca de 60% maior que o apurado em 2016. Com a recuperação judicial, as dívidas ficam suspensas, e a companhia ganha um tempo para se reerguer.
Após o anúncio do pedido feito à justiça, a empresa se apressou em anunciar medidas que pretendem iniciar uma nova fase comercial e financeira, a primeira delas o fim do modelo de marketing multinível utilizado até então. O que se avalia é que o modelo utilizado fez o faturamento da empresa crescer sem que a mesma tivesse estrutura financeira e capital de giro suficiente para arcar com as demandas deste crescimento.

A partir de agora a Contém 1g dará prioridade à sua rede de franquias. A empresa tem 94 pontos de venda pelo país, sendo 25 quiosques, e quer garantir que esses pontos continuem funcionando normalmente.

Com o deferimento do pedido de recuperação, a empresa tem 60 dias para apresentar um plano de recuperação judicial. A intenção da Contém 1g é discutir esse plano junto com os credores de forma transparente e colaborativa.
Segundo a Euromonitor International, provedora global de inteligência estratégica de mercado, a Contém 1g está posicionada em 8º lugar entre as empresas do ramo de maquiagem do país, com participação de mercado de 2,4% em 2017. Ficou atrás da Avon, que tem 22,2%, Natura (11,4%), Boticário (11,3%), Coty, L’Oreal, Mary Kay e Vult.

Com informações da Globo.com e Revista Exame

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