Investidor de private equity deterá 80% da rede; transação está sujeita à aprovação
O Walmart Brasil e o fundo de private equity Advent International anunciaram nesta segunda-feira, 4, que o investidor adquiriu participação majoritária de 80% da rede de supermercados no País. O Walmart norte-americano manterá os 20% restantes após a conclusão do negócio, cujos termos estão sujeitos à aprovação regulatória no Brasil. O fundo tem feito investimentos no Brasil em vários segmentos, como o Grupo Estácio de Sá e o mercado indica o interesse do investidor na Via Varejo e C&A, entre outros ativos.
Recentemente, a conta digital do Walmart no Brasil foi conquistada pela Isobar Brasil, que já tinha relacionamento com o anunciante e ampliou o atendimento para as bandeiras Maxxi Atacado e TodoDia. A Isobar era responsável pelas demais marcas — Walmart, BomPreço, Hiper BomPreço, Mercadorama, Big e Nacional. A conta off-line da rede é atendida pela DM9.
No comunicado coletivo divulgado por Walmart e Advent, o managing partner do fundo, Patrice Etlin, diz o Advent atua no Brasil há mais de 20 anos e está entusiasmado com essa parceria com o maior varejista do mundo. “Acreditamos que com nosso conhecimento do mercado local e expertise em varejo, poderemos posicionar a empresa para gerar resultados expressivos e alcançar novos patamares de sucesso no Brasil. Planejamos investir no negócio e trabalhar com a equipe da empresa para criar um ambiente mais ágil e moderno, a fim de acelerar o seu desenvolvimento e melhorar a experiência do consumidor”, afirmou Etlin.
A Advent International é uma firma global de private equity com forte presença local e ampla experiência de investimentos no varejo tanto no Brasil quanto internacionalmente. Desde a inauguração do escritório em São Paulo em 1997, o fundo já investiu em mais de 30 empresas brasileiras de diversos setores. Mundialmente, nos últimos 28 anos, a Advent realizou 40 investimentos no segmento de varejo em 14 países.
“O Walmart está comprometido em construir negócios fortes e resilientes que se adaptem continuamente às necessidades dos clientes locais em um mundo em rápida mudança”, disse Enrique Ostale, vice-presidente executivo e CEO do Walmart nas regiões de Reino Unido, América Latina e África, via comunicado. “Manteremos participação no Walmart Brasil e continuaremos compartilhando nossa experiência global em varejo, dando ao nosso negócio no Brasil a melhor oportunidade de crescimento de longo prazo, proporcionando oportunidades para nossa equipe e preços baixos para os clientes”, afirmou.
Como resultado da transação, o Walmart espera registrar nos Estados Unidos uma perda líquida sem efeito em caixa de aproximadamente US$ 4,5 bilhões, a ser registrada no segundo trimestre como item extraordinário. Uma parte significativa da perda líquida se deve ao reconhecimento de perdas acumuladas de conversão de moeda estrangeira e a perda final pode flutuar significativamente devido a alterações nas taxas de câmbio até a data do fechamento. Após um fechamento previsto para o final deste ano, o Walmart não espera nenhum impacto significativo contínuo para o lucro por ação no atual ano fiscal e um leve impacto positivo no próximo ano fiscal. Na transação, o Walmart foi assessorado pela Goldman Sachs & Co. LLC, e Advent International pelo Credit Suisse e Euro Latina Finance. Globalmente, o Walmart teve faturamento de US$ 500,3 bilhões em 2017.
Fonte: Meio & mensagem