Pesquisa da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur) aponta que 1,1 milhão de turistas passaram pelo Rio de Janeiro no carnaval de 2017. A festa movimentou cerca de R$ 3 bilhões na economia da cidade. Ainda segundo o estudo, 94% dos turistas estrangeiros disseram que voltariam à cidade, 17,4% pretendem retornar ainda este ano e 91,9% recomendariam a visita. A pesquisa foi feita no Sambódromo entres os dias 25 e 27 de fevereiro.
As maiores notas foram dadas para a diversão noturna (nota 9,3 por estrangeiros e 9,2 por brasileiros), seguida da hospedagem (8,6 e 8,7, respectivamente), restaurantes (8,3 e 8,5, respectivamente) e transporte público (7,9, 7,5, respectivamente). Segurança (6,4 por estrangeiros e 6,6 por brasileiros) e limpeza públicas (6,7 e 6,5, respectivamente) foram os quesitos que receberam as piores notas.
Na avaliação do Sambódromo, entre os itens com melhores notas estão sonorização (8,2), acesso ao setor (8), sinalização interna (7,9) e limpeza do setor (7,9). Empatados, a quantidade de banheiros e o conforto das acomodações tiveram nota 7,5. A alimentação teve nota 7,4. A qualidade (7,9) e o atendimento (7,8) foram os quesitos mais bem avaliados, enquanto os preços (6,8) e a variedade (6,9) foram os que receberam as notas mais baixas. Cerca de 1,2 mil jornalistas da imprensa nacional, de 249 veículos de 10 estados brasileiros e 318 jornalistas de 110 veículos de imprensa estrangeira se credenciaram para a cobertura dos desfiles das escolas de samba.
Blocos de rua
Os blocos de rua também atraíram milhões de foliões neste carnaval, com mais de 6 milhões de pessoas entre os meses de fevereiro e março. O recorde registrado anteriormente era de 5,4 milhões de pessoas. Ainda de acordo com a análise, em média, os estrangeiros optaram por ficar dez dias na cidade, sendo que 65% deles em hotéis, 12% em albergues, 8% em casas ou apartamentos alugados, 7% em apart hotel ou flat, 5% em pousadas, 2 % em locais não especificados e 1% na casa de parentes.
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A ocupação média na hotelaria da capital ficou em torno de 78%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro. O aumento em relação a 2016 foi de 8,33% para o período, mesmo com incremento de 18 mil novos quartos nos últimos anos. Os bairros de Copacabana e Leme lideraram no número de quartos ocupados (83%), seguidos por Ipanema e Leblon (82%). A Barra da Tijuca e Recreio tiveram 79% de ocupação e o Centro, 71%.
Albergues
De acordo com a Associação de Cama e Café e Albergues do Rio de Janeiro, a ocupação total de albergues no carnaval foi de 85,9%, com um aumento de 20% de turistas brasileiros em relação aos dois últimos anos. A maioria dos turistas estrangeiros eram argentinos (30%), seguidos por norte-americanos (13%), franceses (11%), ingleses (6%), portugueses, mexicanos, chilenos e chineses (5%). Entre os visitantes internacionais, cerca de metade viajou com amigos, 25,9% com a família, 18,8% com o companheiro ou companheira, 4,7% sozinhos e 1,2% em excursão. Ao todo, 95% deles vieram ao Rio de avião e 5%, de navio.
Aproximadamente 50 mil turistas chegaram no porto da capital fluminense em 14 navios. A maior parte das embarcações chegou no domingo (26), totalizando sete transatlânticos atracados no Pier Mauá. Entre os turistas nacionais, a maioria veio de São Paulo (31%), Minas Gerais (30%), Rio Grande do Sul (8%) e Paraná (7%).
Rodoviária
Outro estudo preliminar da Riotur e da Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha) traçou o perfil do turista que chegou à capital de ônibus para curtir o carnaval. A pesquisa será realizada ao longo de dez importantes feriados de 2017 e os resultados serão analisados por pesquisadores da Facha e apresentados pela Riotur.
Entre os entrevistados durante o carnaval, 34% tinham entre 18 e 24 anos e 29% estão na faixa de 25 a 31 anos. Enquanto 48% têm ensino superior, 38% completaram o ensino médio. Os paulistas são a maioria (36%), seguidos por moradores de cidades do interior do Rio de Janeiro (22%) e Minas Gerais (18%). Ao todo, 37% dos entrevistados responderam que já vieram ao Rio entre duas e cinco vezes, 24% estiveram 16 vezes ou mais e 21% vieram pela primeira vez.
Cerca de 37% disseram que pretendiam gastar entre R$ 251 e R$ 545, 28% entre R$ 546 e R$ 1.071 e 12%, cerca de R$ 250 ou menos. Para a maioria, os blocos eram a principal atração de carnaval (65%), logo depois vinham o Sambódromo (18%) e os bailes (4%). Ainda de acordo com o estudo, metade desses turistas dormiu em casas de parentes, 17% em casas ou apartamentos alugados, 10% em hotéis e 7% em albergues.