Nesta semana, comemoramos o Dia do Profissional de Recursos Humanos (RH), uma profissão que vem apresentando alta demanda no mercado e ganhando importância pelo seu papel estratégico dentro das companhias. Cada vez mais, a profissão deixa aquela antiga visão de ‘departamento pessoal’, ou seja, de ter apenas a função de cuidar da folha de pagamento dos funcionários, organizar a lista de aniversariantes, contratações, documentação de colaboradores e outras funções apenas tidas como ‘tomadora de pedidos’. O RH passou a agir com senso crítico e estratégico, para o desenvolvimento de ações que possam ajudar corporações a produzirem mais e melhor, de forma sustentável, preservando o bem-estar dos trabalhadores.
Hoje, quando se fala em RH, estamos tratando de um universo muito amplo, com várias subdivisões. É uma área que abrange desde a atração de talentos (recrutamento e seleção de pessoas), política de remuneração, gestão e desenvolvimento de talentos (trabalhados junto às lideranças), até a comunicação interna e ações de engajamento e motivação, de melhoria da produtividade e, mais recentemente, da política de diversidade e inclusão que ganha cada vez mais força dentro das empresas que tem ESG como um dos pilares.
As novas ferramentas tecnológicas têm sido grandes aliadas para reduzir a carga de funções operacionais do RH, como controle de ponto e férias, folha de pagamento entre outros, para que possam dedicar mais tempo para assuntos de maior impacto estratégico.
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Com um sistema eficiente de atração de talentos, por exemplo, é possível mapear e fazer uma seleção prévia dos profissionais que possuem o perfil e qualificações necessárias para o cargo de forma ágil, deixando mais tempo para o recrutador entrevistar o candidato e fazer uma seleção mais assertiva, gerando impacto na produtividade e nos resultados. Temos ainda soluções para pesquisa de clima e sistemas para avaliação de desempenho, com foco em otimizar o trabalho dos RHs.
Com a mudança nas tendências de retenção de talentos, o RH tem atuado mais intensamente na definição de remuneração estratégica e pacotes de benefícios atrativos, assim como avaliações de desempenho junto às lideranças para identificar possíveis gaps, promovendo ações necessárias que contribuam para desenvolvimento, engajamento e valorização dos colaboradores.
Outra parte desse ciclo é apresentar medidas proativas de work-life balance, equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, que possam gerar descompressão na jornada de trabalho, oferecendo benefícios ligados à saúde e ao bem-estar, alimentação saudável e prática de atividades físicas, evitando, inclusive, casos de adoecimento psicológico, como síndrome de Burnout, crise de ansiedade e casos de depressão, que vêm crescendo tanto no país como no mundo, nesses tempos de incerteza e que possam refletir no desempenho profissional.
Ao se tornar mais estratégico, as funções do RH acabam sendo muitas vezes confundidas com a do gestor. É importante ressaltar ainda que o papel de um RH é de guardião das políticas e boas práticas em gestão de pessoas, dando suporte para que o líder desempenhe melhor a sua função de conduzir o seu time a atingir as metas e alavancar a produtividade. Um papel desempenhado por psicólogos, administradores de empresa, marqueteiros, engenheiros, economistas e outros profissionais de diferentes formações, que têm em comum a paixão de lidar com gestão de pessoas, de ver a evolução e talento de cada profissional se aflorarem.
Felipe Iotti é head de recursos humanos da Gi Group Holding do Brasil, ecossistema global integrado de serviços de gestão de pessoas.