Como a construção civil se organizou para dar conta da alta demanda por imóveis
A pandemia da covid-19 sem dúvidas veio alterar a dinâmica e o comportamento das pessoas de uma forma que jamais se viu com tamanha rapidez. Velhos hábitos precisaram ser reformulados e novos foram incorporados como forma de atender as necessidades do mercado. Prova disso é o aquecimento do setor imobiliário que registrou altas significativas na procura por novas unidades que atendessem a satisfação das pessoas. O confinamento fez com que as pessoas olhassem para dentro de seus lares, repensassem suas necessidades, adequassem as novas exigências ou finalmente colocassem em prática velhos sonhos que nunca tiveram tempo de executar. O apartamento ficou pequeno para manter os filhos tanto tempo em casa despertando o interesse por uma cobertura à venda em Macaé, a quarentena doméstica permitiu mais tempo para procurar aquela casa maior que a gente tanto queria e o home office nos obrigou a pensar num espaço mais confortável e adequado que o atual imóvel não dispunha. Vale lembrar que a política organizacional do home office parece que veio pra ficar de vez.
Aliado a isso, percebeu-se um aumento no número de divórcios obrigando as famílias a se refazerem e buscarem um novo imóvel. Tudo isso combinado com o fator tempo livre e a maior disposição para ocupar esse vazio fez com que aumentasse a procura por novos imóveis. O impacto direto dessa conjuntura refletiu nas grandes construtoras e incorporadoras que se viram obrigadas a acelerar o fluxo das obras existentes e ofertar novos empreendimentos para o mercado. Vale mencionar aqui a importância da construção civil, ferramenta essencial para a recuperação econômica pelo volume de empregos gerados.
Motivações
Além das citadas anteriormente, outras razões respondem por esse aquecimento e estímulo dados a construção civil e o mercado imobiliário em geral. Juros mais baixos, maior oferta de crédito, auxílio emergencial, as novas demandas do isolamento social, insegurança do mercado de ações, estímulos governamentais a compra do primeiro imóvel por meio de pausas e negociações, facilidade de aquisição e liberação de documentos com sistema e processo quase todo virtual, reformulação dos sistemas de financiamento habitacional e subsídios, maior publicidade e incentivo a compra de imóveis. Porém esse aumento não estava nos planejamentos do mercado que amargou um déficit de vendas nos primeiros meses da pandemia e obrigou as construtoras a aceleram lançamentos e obras para suprir essa demanda mesmo que a inflação dos preços de materiais de construção tenham subido nos últimos meses, em proporções de 15% a 20% este ano.
Mais ofertas
A ressignificação da casa para a maioria pessoas visando maior qualidade de vida e segurança durante a pandemia fez que as construtoras percebessem essa necessidade e adequassem seus projetos mesmo em meio a pandemia. Muitas empresas viram seus departamentos de orçamentos bastante movimentado com a contratação e fechamento de novos contratos em obras corporativas. Um reflexo disso é que muitas empresas do mercado entraram com força comprando terrenos e lotes e apostando e investindo em lançamentos. Isso fez com que o desempenho da indústria imobiliária sinalizasse e consolidasse meses depois uma retomada da produção e dos investimentos de forma geral. Esse otimismo do mercado aliado as novas exigências doa consumidores, ávidos por empreender mudanças num período tão instável e desafiador, fez com que as incorporadoras conseguissem seguir com as obras, gerar centenas de emprego e apoiar a retomada econômica.
Nesse cenário, algumas ferramentas e práticas foram essenciais para alavancar o sucesso desse processo. Muitas construtoras têm investido na industrialização de suas obras como forma de ganhar tempo, economizar dinheiro da mão de obra especializada, reduzir custos e desperdício e acelerar a entrega dos apartamentos em Macaé. Desta forma, muitos hábitos novos impulsionaram Outro artifício que agiliza a entrega das obras e facilita o acesso ao consumidor refletindo diretamente nos ganhos são as visitas virtuais fazendo com que a empresa imobiliária evite um custo significativo que é a montagem do decorado acelerando a etapa de vendas e melhorando o relacionamento com o cliente. Por meio de um tour, é possível realizar a demonstração do imóvel através de plataformas tecnológicas e sofisticadas que permitem ver o andar que o cliente quer comprar, a vista do apartamento, as dimensões, dentre outras. As vantagens da realidade virtual são reais pois é mais econômico desenvolver a ambientação em realidade aumentada do que o apartamento todo mobiliado na obra.os processos tecnológicos em todas as etapas das cadeias produtivas fazendo com que novas fórmulas e processos que demorariam mais tempo e dinheiro para serem utilizados com frequência, fossem priorizados, acelerados e inaugurados ou consolidados nos últimos meses. Mudanças e novas tecnologias que, associadas a nova realidade, deixaram a rotina mais eficiente e barata.
No que concerne as obras da construção como forma de acelerar o processo dos empreendimentos, verificou-se que as ferramentas de videoconferência tem muito a contribuir pois através delas é possível facilitar a vida do engenheiro que reduz suas visitas às obras e consegue agilizar outras tarefas com seu staff técnico. Além de otimizar o acompanhamento dos empreendimentos, auxilia no barateamento das ações pois as reuniões ficam mais efetivas.
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Autor: Millena Fonseca