O domínio global da Amazon continua irrefutável. Na China, porém, a parcela do mercado de comércio eletrônico detida pela gigante de tecnologia americana caiu para menos de 1% no ano passado.
Sendo assim, talvez não seja surpresa que a empresa sediada em Seattle tenha confirmado nesta semana que fechará parte de seu negócio de comércio eletrônico na segunda maior economia do mundo.
A partir de meados de julho, os consumidores chineses não poderão mais comprar produtos produzidos e comercializados localmente através da Amazon China, que se concentrará nas vendas de leitores de livros digitais Kindle, conteúdo online e produtos internacionais atendidos através do mercado global da Amazon.
Com uma política agressiva de preços baixos, frete grátis e isenção de impostos, o site chinês AliExpress.com cresceu 150% no ano passado e se tornou líder em vendas internacionais para o Brasil, alcançando 50% desse mercado. Os dados fazem parte do relatório WebShoppers 2015, divulgado no início do mês pela empresa E-bit e considerado um diagnóstico retrato do comércio digital brasileiro.
O avanço levou o AliExpress.com a superar eBay e Amazon, até então as líderes no segmento. Ambas praticamente mantiveram o percentual de vendas para o Brasil (28% para eBay e 25% para Amazon), mas viram, ao longo do ano, o site chinês subir de 20% para 50% na preferência do consumidor brasileiro.
Vários fatores estão contribuindo para a redução de negócios com produtos chineses no Amazon, uma forte campanha na mídia americana enaltece os produtos e serviços produzidos e oferecidos no país.
O Amazon, criou um serviço mais fácil para transações internacionais, e agora em agosto já se pode ver uma campanha de comparação de qualidade de produtos brasileiros em relação aos chineses que o portal de vendas americano exibe em seus detalhamentos e especificações, como é o caso de uma cadeira de escritório da Herbal que em 1959 foi fundada em uma madeireira na cidade de Dois Irmãos no Rio Grande do Sul, com serraria no então distrito de Santa Maria do Herval. Uma fotografia faz comparações entre as matérias primas utilizadas pela fabricada no Brasil e uma cadeira com modelo semelhante produzida na China.
Guerra de informações
O site brasileiro do Amazon fala por exemplo da cadeira da Herbal que são produzidas com espumas 100% nacionais e classifica a empresa como “ séria” e com um processo de controle de densidade e que garante a saúde da coluna e a alta durabilidade nas atividades do dia a dia , e classifica a espuma chinesa como composta de restos de espumas , para baratear o produto e que prejudica a coluna e o tempo de duração da cadeira de escritório e abre a comparação com o título: “Cuidado – Fuja do produto Chinês – Compre o produto 100% nacional para não se arrepender amargamente.”