Novo formato do Ministério
Em nota sobre as mudanças na forma em que os dados são divulgados, o Ministério destaca que “o uso da data de ocorrência (e não da data de registro) auxiliará a se ter um panorama mais realista do que ocorre em nível nacional”. Isso porque, segundo o governo, a divulgação do acúmulo de casos, como era feito até o momento, dificultava a verificação das mudanças nos cenários regionais, estaduais e municipais.
“Será analisado como trabalhar as curvas logarítmicas sem desconsiderar os totais de casos e óbitos, pois entende-se que um tipo de dado trabalhado não dispensa o outro. Cabe ressaltar que esses dados precisam ser divulgados por especialistas com um esclarecimento adequado, apontando as tendências, sem dar margens a interpretações equivocadas da curva epidemiológica em cada estado ou região do país”, informou a pasta sobre a plataforma a ser lançada.
Além da nova plataforma, o Ministério da Saúde passará a disponibilizar, sempre às terças-feiras, um boletim baseado na semana epidemiológica, que será apresentado em uma reunião técnica e transmitido via redes sociais.
Em paralelo, também foi criada uma base de disseminação de dados abertos, o OpenDatasus, que disponibiliza as notificações de síndrome gripal leve e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) relacionadas à COVID-19, já no ar. Segundo o Ministério da Saúde, as novas ferramentas ainda estão em processo de melhorias e implementações, em parceria com estados e municípios.
Atualmente, em uma pasta do Dropbox, nomeada como Datasus e direcionada pelo site do Ministério da Saúde, é possível conferir os números totais e das últimas 24h do novo coronavírus no Brasil. A pasta também traz informações regionalizadas e estudais da infeção respiratória.
Plataforma independente
De forma autônoma das ações do Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) disponibilizou, ontem (7), um painel com dados atualizados sobre o número de casos da COVID-19 no país, junto aos óbitos da infecção respiratória. As informações são divididas pelos estados e também trazem a taxa de letalidade das diferentes regiões brasileiras.
As informações sobre casos confirmados da doença; de mortes decorrentes de complicações causadas pelo novo coronavírus e de pacientes que se recuperaram e que alimentam a nova plataforma estão sendo fornecidas pelos próprios estados, de maneira individual. Isso só acontece porque o próprio conselho reúne os secretários de saúde das 27 unidades da federação.
Fonte: Ministério da Saúde e Agência Brasil