Este será o primeiro Teste de Longa Duração realizado em águas ultraprofundas na região Nordeste
A Petrobras iniciou, no dia 22/2, o Teste de Longa Duração (TLD) de Farfan, localizado a aproximadamente 70 quilômetros da costa sergipana. O TLD tem por finalidade avaliar o comportamento do reservatório em produção e as características do seu petróleo. As informações técnicas coletadas durante a fase de testes darão suporte para definir os próximos passos do projeto Sergipe Águas Profundas – Módulo 1 (SEAP 1), do qual Farfan faz parte. Nesta fase, a produção é iniciada em caráter de teste, sem fins comerciais.
O TLD de Farfan é o primeiro que será realizado em águas ultraprofundas no Nordeste, cujo poço está localizado em lâmina d’água de aproximadamente 2.500m, sendo o mais profundo que a Petrobras já colocou para produzir no Brasil. Os testes são importantes para comprovar a qualidade do reservatório e definir os futuros projetos de desenvolvimento da produção.
Durante o Plano de Avaliação da Descoberta (PAD), foram realizadas atividades de perfuração e sísmica que confirmaram a presença de óleo de excelente qualidade na região da Bacia de Sergipe-Alagoas.
Fases do TLD
O TLD de Farfan consiste de três fases: instalação, produção e desativação. Será implementado pela Petrobras, que é a empresa operadora da concessão BM-SEAL-11 com participação da IBV, parceira em 40% dessa concessão.
Para realização do TLD, o FPSO Cidade de São Vicente foi ancorado no final de 2019 na locação, em uma profundidade de 2.250 metros. A unidade possui uma planta de processamento que permite a separação entre as fases óleo, água e gás, bem como o tratamento e estabilização do óleo.
Na sequência, o poço 3-BRSA-1178D-SES (3-SES-176D) foi interligado ao FPSO Cidade de São Vicente por meio de linhas flexíveis. A produção média prevista durante a realização do TLD será de aproximadamente 7.000 barris de óleo por dia e 500.000 m3 por dia de gás associado, sendo uma parcela consumida como combustível no próprio FPSO.
O teste está previsto para durar cerca de 180 dias, com desmobilização planejada para o 2º semestre de 2020.