Sexta-feira, Novembro 8

ARTIGO

Não é incomum, no universo feminino, que as Mulheres deem prioridade à Família e acabem se negligenciando. A Mulher, pela sua própria natureza, tem o dom de cuidar e de zelar pelas pessoas que estão à sua volta, e isso, muitas vezes, faz com o que ela esqueça de cuidar de si própria. De se enxergar como Mulher e como prioridade.

As Mulheres têm a capacidade de realizar diversas atividades ao mesmo tempo. E isso faz com o que todas as responsabilidades do lar sejam naturalmente absorvidas pelas Mulheres, que muitas vezes ainda precisam dar conta dos compromissos que têm com o trabalho que as remunera.

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Ou seja, acabamos não só cuidando dos nossos lares, mas também, tendo que dar conta dos compromissos assumidos com o nosso trabalho, fora de casa. E todos esses compromissos nos tomam o tempo que deveríamos reservar, para nos cuidarmos. Nos enxergarmos. Nos priorizarmos. E toda essa autonegligência, pode levar a Mulher à compulsão alimentar e ao ganho de peso.

O tempo passa e muitas vezes a Mulher só se dá conta de que o tempo passou, quando percebe que os Filhos já podem resolver boa parte dos seus problemas, sem a sua ajuda, e que a sua companhia já não é mais constantemente buscada por eles.

E não raras são as vezes em que nessa mesma fase, a Mulher seja surpreendida com o desfazimento do seu casamento, da sua unidade familiar, e ela se veja sozinha, desamparada e até mesmo humilhada.

E é necessário que nessa hora, a Mulher desperte e entenda a necessidade de se priorizar, afinal, nessa fase a Mulher ainda sofre o risco de ser discriminada pela sociedade. Não só por não estar mais casada e deixar de ser “bem-vinda” nas rodas de amigos casados, mas também por estar fora dos padrões de beleza, ainda impostos pela sociedade.

E a Mulher precisa reagir e ressurgir, se ressignificando e resgatando aquela Mulher que por anos, foi negligenciada e esquecida, no seu interior.

Pois bem. Isso aconteceu comigo e pode estar acontecendo com milhares de outras Mulheres, neste exato momento. E todas precisam reagir, sair do doloroso casulo que toda essa violência emocional lhe causou e se permitir transformar-se numa linda borboleta!

Resgate-se; ressignifique a sua vida; seja a sua prioridade; se cuide; valorize o seu novo tempo, a sua nova fase; e, eu te garanto, que a sua nova vida, pode ser bem melhor do que a antes! E não se esqueçam: lugar de mulher é onde ela quiser! E precisamos nos colocar de maneira que a sociedade não nos subjuge e que respeite as nossas conquistas, os nossos direitos e as nossas necessidades como mulheres.

Esta foi a minha mudança, em apenas 8 meses. Seja você também, responsável pela sua mudança e pelo seu sucesso.

Dra. Elaine Gerk

Advogada / ex procuradora geral do munícipio de Rio das Ostras

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