- Problemas na geração de energia:
Transição energética mal coordenada: a substituição rápida de fontes tradicionais (carvão, gás, nuclear) por renováveis (solar, eólica) pode criar instabilidades se não houver capacidade de armazenamento suficiente (baterias, hidrogênio, etc.).
Baixa produção renovável: dias de vento fraco ou pouco sol podem derrubar a produção eólica e solar em larga escala.
Descomissionamento nuclear: países como Alemanha desativaram várias usinas nucleares nos últimos anos, o que reduziu a capacidade de geração estável de energia.
- Problemas na transmissão e infraestrutura:
Velhice da rede elétrica: boa parte da infraestrutura de transmissão na Europa é antiga e foi projetada para outra lógica de consumo e geração.
Ataques cibernéticos: cresce o receio de que hackers (inclusive patrocinados por Estados) ataquem sistemas de controle de energia, causando blecautes.
Sobrecargas: picos de consumo (por exemplo, em ondas de frio severo) podem ultrapassar a capacidade das redes de transmissão locais.
- Fatores geopolíticos:
Crises de fornecimento de gás: ainda que tenha diminuído a dependência, alguns países europeus ainda precisam de gás para gerar energia, e cortes vindos de países produtores (como Rússia, Argélia) podem comprometer o abastecimento.
Conflitos armados: a guerra na Ucrânia mostrou como ataques a infraestruturas energéticas podem ter efeitos em cascata. Tensões no Oriente Médio também podem afetar os preços e a disponibilidade de energia.
Especialistas diziam quena maior parte da Europa Ocidental (França, Alemanha, Holanda, Reino Unido), seria improvável de ocorrer, mas contrariando essas afirmações eles aconteceram neste início de semana exatamente nesses países e também em Portugal em um “apagão total”. Agora é esperar para saber quais foram verdadeiramente os motivos desse apagão que espalhou transtornos, prejuízos e medo na Europa.
