O compositor macaense Benedicto Lacerda será homenageado pela Orquestra Popular de Macaé (OPM), nesta quarta-feira (12), às 17h. A apresentação será no coreto da Praça Veríssimo de Melo, no Centro da cidade. Na ocasião, quem estiver passando pelo local vai ser brindado com canções do flautista, que ficou mito conhecido em sua parceria com Pixinguinha.
Regida pelo maestro Bruno Py, a OPM é composta por músicos locais, reunindo professores, alunos e ex-professores da Escola Municipal de Artes (Emart).
O dia 14 de março celebra os 122 anos de nascimento do músico que, desde pequeno já frequentava a Sociedade Musical Nova Aurora. Filho da lavadeira Dona Lousada, ainda criança foi morar com a mãe no Rio de Janeiro, onde cresceu num ambiente musical (Estácio) cercado de samba e choro, ao lado de nomes como Bide, Noel Rosa e Ismael. Ao se alistar, fez parte da banda da corporação tocando bumbo e logo depois, passou a tocar flauta. Em pouco tempo no posto de flautista da corporação, passa numa prova em primeiro lugar para flautista de primeira classe, ao tocar toda a parte de flauta da ópera “O Guarany”, de Carlos Gomes. Em 1928, foi tocar com o grupo regional Boêmios da Cidade, tocando em cinemas, orquestras de teatros, dancings e cabarés. Atuou também como saxofonista em algumas orquestras de jazz. Na década de 1930, organizou um grupo com ritmos brasileiros, batizado de Gente do Morro. Na década de 1940, tocou nos cassinos que agregavam a música nacional e perpetuou uma série de gravações antológicas em parceria de flauta e saxofone com Pixinguinha, privilegiando o repertório de choro.
A dupla empreendeu em cerca de 40 gravações, mais as edições de músicas e lançamentos de álbuns de partituras. Foram parceiros em canções como, “Sofres porque queres”, “Naquele tempo” e “Um a zero” e revolucionaram a instrumentação brasileira. Benedicto Lacerda foi fundador da União Brasileira de Compositores e dirigente da Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música.
