A preservação de espaços públicos históricos e o resgate da atuação dos profissionais ligados a uma das principais atividades de origem do processo industrial de Macaé serão promovidos através da parceria firmada pela prefeitura com a Associação dos Ferroviários de Macaé.
A parceria que vai ampliar também o projeto de formação técnica para profissionais em áreas voltadas à mecânica, elétrica e automação foi estabelecida pelo prefeito Welberth Rezende ao se reunir nesta sexta-feira (19) com o presidente da Associação Lauro Martins, além dos diretores Grupo de Resgate Histórico dos Mestres e ex-Alunos da Ferrovia.
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O resgate e preservação da história da atividade ferroviária em Macaé, que marca o início do processo de desenvolvimento da cidade até a década de 70, será realizada através da instalação do Centro de Memória Ferroviária em área da Estação Ferroviária de Macaé, atualmente sede da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, com a preservação das características originais do espaço.
“A nossa proposta é preservar espaços que contam a história da nossa cidade e possuem significado através da dedicação dos macaenses que preservam a memória da ferrovia”, afirmou o prefeito.
Além da preservação da Estação, o governo garantiu também apoio ao projeto do Grupo de Resgate Histórico dos Mestres e Ex-Alunos da Ferrovia cuja composição é formada por profissionais de formação na antiga sede do Senai de Macaé, e que já oferecem cursos e capacitação de novos profissionais em áreas técnicas de mecânica.
“O nosso objetivo é formar novos profissionais que atuam em áreas técnicas de origem do sistema ferroviário. Atuamos hoje na Associação e a proposta é ampliar esse trabalho”, destacou Adimar Brandão de Miranda, do Grupo de Resgate.
Glicério
O governo também mantém o projeto de reforma da antiga Estação Ferroviária de Glicério, que depende da finalização do processo de elaboração do termo de cooperação entre a prefeitura e a Superintendência de Patrimônio da União (SPU), com autorização do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Fragmentos da História (trecho extraído do wikipedia.org)
Criada pela Lei n° 1.464 de 19 de novembro de 1869, e para construí-la e explorá-la foi fundada a “Companhia Estrada de Ferro Macaé e Campos”.
Em 3 de fevereiro de 1870, recebeu uma concessão com privilégio de 50 anos para a navegação a vapor entre o Porto do Rio de janeiro e o de Imbetiba em Macaé. Este último, à época, constituía-se no quinto porto em volume de movimentação no país, atendendo a circulação de exportação e importação de mercadorias de e para o interior da região norte fluminense pelo canal Macaé – Campos.
O primeiro trecho da ferrovia, com 33 km de extensão, entre Imbetiba e Carapebus (passando por Macaé) e bitola de 0,95 metros, foi inaugurado em 10 de agosto de 1874. A 13 de junho de 1875 foi inaugurado o trecho até Campos dos Goytacazes, totalizando 96,5 quilómetros de extensão.
Absorveu a Companhia Ferro-Carril Niteroiense, que operava o trecho Niterói-Rio da chamada “Ferrovia do Litoral”. Em Novembro de 1888 adquiriu a Estrada de ferro Santo Antônio de Pádua.
A ferrovia foi adquirida, ao final da década de 1880, pela Estrada de Ferro Leopoldina.