Controle dos KPIs de ESG e também relatórios e apresentações que trazem mais transparência e eficiência para a gestão financeira, permitindo que sustentabilidade e governança façam parte da estratégia corporativa de forma natural e vantajosa. As empresas que adotam critérios ESG precisam apresentar dados financeiros claros e precisos, pois isso impacta diretamente seus resultados e agrega valor no longo prazo”, afirma o especialista em reestruturação financeira, captação de recursos e planejamento financeiro.
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Porém, a popularização do ESG também trouxe desafios. Os investidores precisam estar atentos às falsas promessas de sustentabilidade, conhecidas como greenwashing. Algumas empresas utilizam marketing verde para promover uma imagem de responsabilidade ambiental que não condiz com suas práticas reais. Para mitigar esse risco, agências de rating, como a S&P Global Rating, avaliam o comprometimento das companhias com as boas práticas ESG e os potenciais riscos envolvidos.
Os índices ESG também desempenham um papel crucial na orientação dos investidores. O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3), criado em 2005, permite uma análise comparativa de desempenho das empresas listadas na B3 sob a ótica da gestão corporativa sustentável. O processo de seleção é rigoroso e exige a divulgação de questionários preenchidos, reforçando a transparência das informações.
Para as companhias, adotar o ESG não é apenas uma questão de conformidade regulatória, mas também uma estratégia financeira inteligente. Empresas que integram a sustentabilidade em sua gestão de riscos tendem a apresentar melhores retornos a longo prazo e consolidar uma reputação positiva no mercado.
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