Conhecida nacionalmente como “capital do petróleo”, Macaé, no interior do Rio de Janeiro, começa a escrever um novo capítulo em sua trajetória econômica. A cidade, historicamente dependente da indústria petrolífera e do turismo litorâneo, vem investindo fortemente na diversificação de sua economia — e o agronegócio, especialmente na região serrana do município, tem ganhado destaque como vetor de desenvolvimento sustentável.
Agricultura em alta na Região Serrana do município
Com altitudes elevadas e clima favorável, os distritos serranos de Macaé, como Glicério, Frade, Sana e Bicuda Grande, têm se mostrado férteis não apenas em natureza exuberante e potencial turístico, mas também na produção agrícola. Nos últimos anos, a região registrou crescimento expressivo no cultivo de hortaliças, frutas, café e produtos orgânicos, além da criação de pequenos animais e apicultura.

Programas de incentivo da prefeitura, em parceria com o governo estadual e instituições como o Sebrae e a Emater, têm oferecido suporte técnico e capacitação para pequenos produtores, além de facilitar o acesso ao crédito rural. A criação de feiras de agricultura familiar e circuitos curtos de comercialização também têm aproximado os produtos do consumidor final.
Uma nova rota: turismo rural e gastronômico
Além do plantio e criação, o agronegócio macaense tem impulsionado o turismo rural. Propriedades adaptadas para receber visitantes oferecem experiências que vão desde trilhas e passeios ecológicos até a vivência no campo e degustação de produtos artesanais. A valorização da culinária local, baseada em ingredientes frescos e orgânicos, também tem contribuído para atrair turistas à serra, tradicionalmente mais conhecida por seu apelo ecológico e espiritual.

Diversificação para mitigar riscos
Macaé já experimentou as oscilações da economia do petróleo. A aposta no agronegócio, junto com investimentos em tecnologia, educação, energias renováveis e logística, tem como objetivo reduzir a vulnerabilidade do município frente às flutuações do setor energético. A criação de novos polos industriais e o fortalecimento de micro e pequenas empresas sinalizam uma cidade cada vez mais plural em sua matriz econômica.
O que dizem os especialistas
Segundo analistas e autoridades locais, o avanço do agronegócio em Macaé é estratégico e necessário. “Estamos investindo em uma economia mais resiliente e sustentável. A serra macaense tem potencial para se tornar referência estadual em produção agroecológica e turismo rural, o prefeito Welberth tem uma visão de que o prefeito tem que não só trabalhar o presente, mas viabilizar o município para o futuro da nossa gente”, afirma Rodrigo Vianna secretário de desenvolvimento econômico
O cenário que se desenha é de uma Macaé mais equilibrada, que respeite suas raízes na indústria do petróleo e gás, mas que também enxerga na terra e nas montanhas da serra um caminho para o futuro. A cidade mostra que é possível crescer com responsabilidade, inovar sem perder identidade, e oferecer novas oportunidades para sua população.
Macaé, que já foi símbolo da energia do subsolo, agora começa a brilhar também com a energia da terra e da criatividade de seu povo.