O câncer de próstata, que afeta milhares de homens a cada ano, não é o centro de uma descoberta revolucionária: uma vacina terapêutica desenvolvida por cientistas brasileiros. Desenvolvida pela equipe do cientista Fernando Kreutz, de Porto Alegre, utiliza uma vacina imunoterapia personalizada, que adapta células tumorais do próprio paciente para criar uma resposta imune específica.
Isso reduz significativamente o risco de recidiva da doença. Nos estudos pré-clínicos realizados no Brasil, a taxa de recorrência caiu de 36,8% para 11,8%. Essa abordagem está agora sendo testada clinicamente nos Estados Unidos, com resultados esperados nos próximos 18 meses.
A tecnologia é inovadora por modificar células tumorais de maneira única, diminuindo significativamente a recorrência da doença — de 36,8% para 11,8% em estudos pré-clínicos. Já aprovado pela FDA (órgão regulador dos EUA) para testes clínicos, os resultados em larga escala são esperados em até 18 meses. A expectativa é que o tratamento seja um divisor de águas na oncologia, podendo ser adaptado para outros tipos de tumores.
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Além disso, outras linhas de pesquisa avançam no tratamento do câncer de próstata resistente à castração. Estudos recentes sugerem o uso de diciclomina em combinação com quimioterápicos, como docetaxel, para superar a resistência ao tratamento. Apesar das promessas, os cientistas destacam que essas abordagens ainda exigem validação em humanos antes de serem incorporados à prática.
Esses avanços representam não apenas um marco científico, mas também um impacto econômico significativo, ao reduzir os custos associados a tratamentos prolongados e recidivas, e ao posicionar o Brasil como referência global em in
O projeto é fruto de 25 anos de pesquisa e conta com o apoio de órgãos como a Finep e o CNPq, além de colaborações internacionais. Essa inovação não apenas promete revolucionar o tratamento do câncer de próstata, mas também pode ser adaptada para outros tipos de tumores, como os de mama e de pulmão.
Impacto na saúde pública e na economia
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 71 mil novos casos de câncer de próstata no Brasil em 2024. Os avanços no tratamento não apenas melhoram a qualidade de vida dos pacientes, mas também têm implicações econômicas significativas, ao reduzir os custos de tratamentos prolongados e diminuir a carga sobre os sistemas de saúde.